Bugatti apresenta cupê Bolide


Depois de alguns teasers misteriosos – poucos, se considerarmos a estratégia atual das montadoras -, a Bugatti apresentou o hipercarro Bolide. Trata-se de um modelo desenvolvido para uso exclusivo nas pistas e, por isso, pensado especialmente para elas. Ele deixa um pouco de lado a opulência luxuosa do irmão Chiron, focando no rendimento em circuitos fechados, o que fica claro já no visual. A má notícia é que a marca ainda não decidiu se vai comercializá-lo.

Como adiantavam os teasers, o Bolide tem um estilo extremamente agressivo, com a carroceria toda voltada ao melhor rendimento aerodinâmico. As superfícies recortadas e várias soluções comuns a carros de competição chamam atenção por fugirem um pouco da receita dos Bugatti. Mas isso é feito de uma forma positiva, unindo eficiência e estilo. Nesse segundo quesito, o one-off traz detalhes interessantes, como os faróis em formato de X – alusão aos apliques feitos nas luzes de antigos veículos de corrida -, a grade tipo ferradura avançada e as lanternas em X deitado. A fibra de carbono exposta, o generoso aerofólio e a barbatana sobre o capô são destaques à parte.

Por dentro, o carbono também aparece em quantidade significativa: além de formar a estrutura do veículo, ajuda a revestir portas e partes do painel e serve de base para os bancos. Combinam bem os tons de azul e preto da alcântara que reveste também os assentos, volante e console. O quadro de instrumentos digital traz os dados de condução suficientes para o piloto. Como se nota, os comandos são todos voltados à direção e ao veículo, com um contido sistema de ventilação e nada de entretenimento ou voltado ao conforto: é um carro para pista.

O uso ostensivo de fibra de carbono e o desapego a itens “desnecessários” para a condução fizeram o Bolide pesar apenas 1.240 kg. O número tão baixo foi obtido com o uso também de titânio, em parafusos, parte dos para-lamas e outros elementos da carroceria e mecânicos. As rodas são de magnésio forjado, pesando apenas 7,4 kg cada na dianteira e 8,4 kg cada no eixo posterior. Atrás deles, há freios de com pastilhas de cerâmica. Por isso, o hipercarro tem uma relação peso/potência de apenas 0,67 kg/cv, número que a Bugatti usou em um dos teasers para criar o mistério em torno do projeto.

Como você deve ter feito uma conta rápida, a relação peso/potência indica que o Bolide conta com nada menos que 1.850 cv – e 188,6 kgfm de torque. A energia é extraída do onipresente 8.0 W16. Ele passou alterações significativas – nem todas detalhadas pela marca -, como a aplicação de novos turbocompressores (são quatro, aliás) e coletores de admissão e escape revistos. Sem o compromisso de atender muitas limitações, o resultado é nada menos que impressionante.

A Bugatti nada fala sobre o câmbio, provavelmente o atual automático de sete marchas com boa revisão. Porém, deixou claro que o rendimento do Bolide é de causar furor no mundo dos esportivos: ele vai de zero a 100 km/h em 2,17 segundos; de zero a 300 km/h em 7,737 s; e de zero a 500 km/h em 20,16 s. A máxima não foi revelada – ainda.

Segundo a marca, o Bolide é o Bugatti mais radical da história. Como define o CEO Stephan Winkelmann, o modelo traz “apenas o motor, câmbio, volante e, como único luxo, dois lugares”. Ele atende ainda às regras da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) quanto a itens de segurança, oferecendo equipamento de reboque, supressor de incêndio, vidros laterais em policarbonato, sistema de reabastecimento pressurizado e cintos de seis pontos.

Seria possível não torcer pela produção em série do Bolide?

E VOCÊ, O QUE ACHOU DESTA NOTÍCIA?

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s