Mike Manley
A estrutura de comando da Stellantis, empresa resultante da fusão entre PSA e FCA, começa a se desenhar com a proximidade da concretização do negócio. A novidade da vez é a escolha de Mike Manley, atual CEO global da montadora ítalo-americana, para dirigir a nova companhia nas Américas, o que inclui a operação brasileira. A confirmação do nome foi feita por John Elkann, presidente do conselho da FCA, em carta endereçada aos funcionários na última sexta-feira (18).
A permanência de Manley na nova empresa era dada como certa, após o executivo conduzir as negociações de fusão com a PSA. Só não se sabia qual seria o papel do comandante da FCA, que assumiu o cargo em julho de 2018 (leia aqui) após a piora do estado de saúde de Sergio Marchionne, então CEO, que viria a falecer pouco depois (leia aqui). Delegado a cuidar da Stellantis nas Américas, ele traz consigo vasta experiência no mercado ao dirigir Jeep e Ram na América do Norte anteriormente.
A confirmação de Manley por parte de Elkann veio carregada de elogios. O atual presidente do conselho da FCA, que terá o mesmo papel na Stellantis, ressaltou também o entendimento entre ele e o CEO da nova companhia, Carlos Tavares. “A sintonia e o entendimento que Mike [Manley] e Carlos [Tavares] mostraram desde o início, graças também a uma longa amizade profissional, foram fundamentais para cada etapa subsequente das discussões com o Grupo PSA, assim como serão para a nova empresa daqui em diante”, disse o ítalo-americano.
A Stellantis deve ser oficializada após a votação dos acionistas, prevista para acontecer em FCA e PSA simultaneamente, no dia 4 de janeiro. Ao ser aprovada, ela deve ser conduzida no âmbito legal, sendo formalizada em março. A gigante somará 8,7 milhões de veículos produzidos anualmente, ficando atrás apenas de Grupo Volkswagen, Grupo Toyota e Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. O conselho administrativo será presidido por Elkann e formado por 11 membros, dos quais seis serão indicados pela PSA.