Com uma política amplamente incentivadora dos carros elétricos, a Noruega observa o avanço desse tipo de veículo em suas vendas anuais. No balanço final de 2020, o país nórdico somou 141.412 veículos emplacados, dos quais 76.789 estavam equipados com propulsão ecologicamente correta. Com isso, eles alcançaram participação de 54,3%, bem acima dos 42,4% de 2019, tomando mais da metade do mercado pela primeira vez na história. Mantendo-se o ritmo de crescimento, o mercado norueguês deve “eliminar” os motores a combustão já em 2024.
Posicionado como 15º maior produtor de petróleo do mundo, a Noruega adotou uma política agressiva em favor dos elétricos, algo um pouco mais fácil em um país rico e com população mais concentrada. Entre as medidas, há um grande aumento na carga tributária para veículos a gasolina ou a diesel, além de incentivos generosos na compra de carros “zero emissões”. Em dezembro, por exemplo, os elétricos chegaram a 66,7% de participação, dominando dois terços das vendas.
Para efeito de comparação, os ecologicamente corretos representavam 1% do total de emplacamentos na Noruega há 10 anos. Em 2011, o domínio estava com os modelos a diesel: sua participação era de 75,7%. Em 2020, somaram apenas 8,6%, com forte tendência de “desaparecerem” em breve. Os veículos a gasolina decaíram, no mesmo período, de 20,1% para 8%. “Estamos a caminho de alcançar nosso objetivo em 2025 [vender apenas carros elétricos]”, celebra o diretor da Federação de Estadas da Noruega (OFV), Oeyving Thorsen. Vale lembrar que a meta do país nórdico não inclui os híbridos, que hoje representam 20% do mercado com sistemas plug-in e 9% sem recarga externa.
A título de curiosidade, a liderança de vendas da Noruega trocou de mãos em 2020. Campeão em 2019, o Tesla Model 3 (7.770 emplacamentos) foi ultrapassado pelo Audi E-Tron (9.227), com o Volkswagen ID.3 (7.754) completando o pódio – e também quase superando o rival californiano. Entre as marcas, a VW superou a Tesla e terminou o ano no topo.
[ Fonte: Reuters,CNN Business ]