As vendas de automóveis e comerciais leves começaram 2021 no negativo. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o Brasil emplacou 162.567 unidades em janeiro, 30,17% abaixo do aferido em dezembro e 11,70% menos que no mesmo mês de 2020. Nas médias diárias, um alento na comparação ano a ano: a retração foi de 1,8%, indicando certa estabilidade na demanda, com 8.126 licenciamentos ante 8.394 de janeiro passado.
A grande queda em janeiro, em relação a dezembro, é considerado algo “normal” no mercado nacional, haja vista o tradicional aumento das vendas nos dois últimos meses do ano. No ano passado, por exemplo, a retração foi de 26,7%. O desempenho em comparação com o mesmo mês de 2020 é que traz um pouco de temor, ainda que agora tenham sido dois dias úteis a menos (20×22) nas atividades dos lojistas. Atribui-se a diminuição das vendas também à “nova onda” de Covid-19, que há um ano sequer se imaginava que poderia tomar tamanha proporção. Outros elementos-chave para a queda foram os estoques relativamente escassos, por falta de componentes para produção, e o aumento do ICMS promovido pelo governo de São Paulo.