Como indicava em dezembro (leia aqui), a Mitsubishi oficializa, já no começo de 2021, a quarta geração do Outlander. Agora devidamente alinhado à identidade Dynamic Shield, o modelo é o primeiro produto diretamente apoiado pela aliança formada com a Renault-Nissan, utilizando uma plataforma das parceiras. Ele também é o primeiro carro da história apresentado na plataforma Amazon Live. Seu lançamento comercial na América do Norte está previsto para abril, enquanto o Brasil deve recebê-lo antes do fim desse ano.
Visualmente, o Outlander enfim se alinha aos irmãos mais recentes, como Pajero Sport (leia aqui), L200 (leia aqui) ou Eclipse Cross (leia aqui), adotando a dianteira Dynamic Shield. Ou seja: os faróis principais ficam em posição mais baixa, com as luzes diurnas ocupando o topo da porção frontal, ladeando a grade e o friso cromado em “C” que envolve todo o conjunto. A carroceria, aliás, é praticamente uma cópia do conceito Engelberg, de 2019 (leia aqui), como já era esperado. Os cortes de laterais e traseira, bem como as lanternas, são parecidas com as do protótipo de dois anos atrás.
A troca de geração também deixou o Outlander mais refinado. O painel tem linhas predominantemente horizontais, difusores de ar integrados a um friso cromado e não economiza no couro para revestimento. O material aparece também em boa quantidade nas portas. Ao centro, o sistema multimídia conta com tela de nove polegadas, enquanto o quadro de instrumentos usa um visor de 12,3″.
A Mitsubishi não revela qual plataforma Renault-Nissan foi aplicada no Outlander, mas é possível identificar a base CMF-C/D pelas proporções bem parecidas com as do recém-chegado X-Trail/Rogue (leia aqui). A nova arquitetura também deixou o SUV mais corpulento. Ele mede agora 4,709 metros de comprimento (+5,1 centímetros), 2,706 m de entre-eixos (+3,6 cm), 1,862 m de largura (+ 5,6 cm) e 1,748 m de altura (+ 3,8 cm).
Por ora, há apenas informações sobre o Outlander a ser vendido nos Estados Unidos. Por lá, ele só tem garantido o motor 2.5 a gasolina de 184 cv (6.000 rpm) e 25 kgfm (3.600 rpm), o mesmo dos Nissan Rogue e Altima. A transmissão é do tipo continuamente variável (CVT), com oito marchas simuladas, também fornecida pela compatriota. A tração pode ser dianteira ou 4×4 e sempre conta com o sistema que ajusta a atuação para diferentes pisos.
Na terra do Tio Sam, o Outlander sairá de fábrica com sete assentos e 11 airbags. As versões mais caras terão carregador de celular sem fio, bancos em couro genuíno, aparelho de som Bose com 10 alto-falantes, projetor de dados colorido no para-brisa (HUD) e assistentes de condução variados. Entre eles, alerta de pontos cegos, auxílio de permanência de faixa e aviso de tráfego cruzado traseiro.
Com ele, a Mitsubishi quer se recolocar como uma opção mais “divertida” dentro da aliança, a fim de reconquistar seu público nos EUA. Por lá, devido à gama reduzida e com produtos datados – o Outlander é o primeiro veículo novo em três anos -, suas vendas decaíram 27% em 2020. Por isso, o rival de Honda CR-V e Toyota RAV4 é crucial para o sucesso da marca por lá.