A Stellantis, resultado da fusão entre FCA e PSA, deu início à produção dos novos motores turbinados da família GSE no Brasil. A montagem começou imediatamente na planta de Betim (MG), estreando com o 1.3 de quatro cilindros (T4), que na variação movida somente a gasolina contará com 180 cv. Ao longo de 2021, o 1.0 de três cilindros (T3) também passa a ser feito no País. A dupla equipará modelos Fiat e Jeep, mas também pode ser estendida a produtos de Peugeot e Citroën no futuro.
Segundo a montadora, a primeira fase do projeto consumiu R$ 400 milhões, com outros R$ 100 milhões a serem aplicados ainda em 2021 para viabilizar uma nova linha de montagem, responsável pelo 1.0 – como adiantado em 2019 (leia aqui). Dessa forma, a unidade de Betim passa a ser o maior centro de produção de powertrain da América Latina, com capacidade para fazer anualmente 700 mil motores e 500 mil transmissões. A planta mineira também atua na fabricação dos propulsores Fire e Firefly.
Os novos GSE Turbo, aliás, são parentes dos Firefly, mas recebem, entre outras novidades, o cabeçote multiválvulas, a injeção direta e a tecnologia MultiAir, um sistema eletro-hidráulico que, em resumo, garante controle flexível de duração e elevação das válvulas de admissão. Por ora, a Stellantis confirma apenas que o 1.3 a gasolina tem taxa de compressão de 10,5:1 e rende 180 cv e 27,5 kgfm. Ambos, porém, terão também tecnologia bicombustível. Na Europa, o 1.0 a gasolina entrega 120 cv e 19,4 kgfm (leia aqui).
A Stellantis não confirma, mas já é sabido que o T4 estreia por aqui já em abril. O responsável oficial por sua chegada será o Jeep Compass, que também ganhará reformas interna e externa na linha 2022. Em seguida, a Fiat Toro ganhará a variação.