Depois de América do Norte (leia aqui) e Brasil (leia aqui), é a vez da Europa ter previsto o fim de sedãs da Ford. A gigante do oval azul confirmou a descontinuação do Mondeo, irmão gêmeo do já falecido Fusion (leia aqui), para 2022. O modelo sai de cena em março do ano que vem e não tem substituto previsto.
A decisão da Ford causa certo impacto, devido à ainda existente demanda por sedãs na Europa. Contudo, não surpreende pelo fato de que outras marcas, fora as premium, tendem a dar fim a seus três-volumes de grande porte. Os consumidores do Velho Continente têm preferido SUVs e crossovers, em uma mudança de comportamento já vista em todo o mundo. Em 2020, por exemplo, eles representaram 39% das vendas totais de veículos na região.
Com o fim definitivo, o Mondeo dá adeus após quatro gerações. Apresentado em 1992, ele foi um dos grandes sucessos da Ford na Europa, chegando a ser o terceiro mais demandado no Reino Unido em 1995, por exemplo. Posteriormente, foi um sedã “competente” enfrentando produtos como VW Passat, Opel Vectra/Insignia e Renaut Laguna, mas foi perdendo espaço. A tendência é que seja substituído indiretamente por um crossover no final de 2021.
Ao final do ciclo do Mondeo, a Ford já não terá mais sedãs no Velho Continente. Além disso, a gama de hatches ficará limitada a Fiesta e Focus, enquanto a Focus Estate/Sportbreak é sua representante entre as peruas.
Os sedãs da Ford, contundo, continuarão a existir na China, onde ainda há grande demanda por eles. Não por acaso, por meio de joint-ventures locais, a empresa mantém uma vasta gama de três-volumes, formada por Escort, Focus, Mondeo e Taurus.