A duvidosa mudança de nome da Volkswagen para Voltswagen (leia aqui), em carros elétricos e somente nos Estados Unidos, era o que se especulava: uma mentira, marcando a proximidade com o dia 1º de abril. O lado tradicionalista comemorou que a alteração não era real. Porém, a ação de marketing da empresa não caiu bem junto à imprensa. Veículos de renome criticaram a decisão, que poderia colocar em dúvida a credibilidade não apenas da mídia, mas também da montadora alemã.
Quando surgiram os primeiros rumores, ganhou força a possibilidade de a VW estar apenas brincando com o dia 1º de abril, mundialmente conhecido como a data em que você “pode” contar mentiras. Tradicionalmente, porém, as fabricantes tratam do tema com um pouco mais de leveza, até criando departamentos e funcionários cômicos. A gigante alemã optou por um lado mais sóbrio: o nome Voltswagen não apenas apareceu em seu site oficial para os EUA e nas redes sociais locais da marca. Ele também recebeu uma explicação de ninguém menos que o presidente da empresa para aquele mercado, Scott Koegh.
Esse tom mais sério ganhou relevância. Além do CEO, pessoas ligadas à VW confirmaram a mudança para diferentes veículos. Até mesmo mídias voltadas ao mercado financeiro dos EUA, como o Wall Street Redbush, anunciaram a mudança. E então, a verdade: novamente, três fontes informaram à Reuters que tudo não passou de “uma ação de marketing para chamar atenção aos planos da empresa para veículos elétricos”. Ao jornal The Wall Street Journal, o porta-voz da VW confirmou ser uma brincadeira. “Não quisemos enganar ninguém. A coisa toda foi apenas uma ação de marketing para que as pessoas falem do [elétrico] ID.4”, pontuou.
A Volkswagen de fato conseguiu ter seu nome elevado nos EUA. Mas talvez não tenha sido da melhor maneira. A reação da mídia foi totalmente negativa, com alegações de que a empresa estaria jogando com sua credibilidade ao repassar informações incorretas. “Todos levaram a sério, criando confusão sobre as intenções da companhia”, disse o próprio The Wall Street Journal.
O problema todo é que, talvez, a boa ideia tenha sido mal executada. Se fosse divulgada no dia 1º de abril, com a criação de um “departamento de elétricos com a letra T”, liderado por um tal Nikola [Tesla] Thomas [Edison], a brincadeira ficaria mais clara e não menos divertida.
[ Fonte: Reuters, The Wall Street Journal ]