Com vendas em queda no Brasil, algo que os sedãs médios em geral têm experimentado por aqui, o Honda Civic não tem seu futuro garantido no País. Nos Estados Unidos, porém, ele acaba de ter oficializada sua 11ª geração. Com um desenho mais convencional – como adiantado (leia aqui) -, interior sem cortes rebuscados e maior nível de equipamentos, ele se renova para fazer frente ao eterno rival Toyota Corolla. Seus motores, porém, são os mesmos de antes, ainda que tenham sido modificados para melhorar o consumo, sem opção de sistema híbrido. As vendas na terra do Tio Sam começam no último trimestre.
Pelas imagens do conceito (leia aqui), já se sabia que o Civic assumiria um perfil mais contido em relação às suas três últimas gerações (leia aqui). O capô curvo e vincado dá lugar a uma superfície mais limpa e plana, enquanto a grade abandona a barra superior, mais grossa na 10º linhagem, e os faróis adotam corte mais horizontal e menos inclinado. As laterais também ficam mais conservadoras, com a linha de vidros menos ascendente. Um pequeno degrau nos vigias na coluna C faz a ponte com o irmão maior Accord.
A mudança de personalidade passa também pelo desenho do teto, mais tradicional, projetado para não haver perda de espaço no banco traseiro. O terceiro volume alto segue o padrão do modelo, mas fica menos integrado aos contornos das colunas. As lanternas crescem consideravelmente, ficando mais horizontais. A mudança de perfil alterou também as medidas: a 11ª geração do Civic mede 4,674 metros de comprimento (+1,2 centímetro), 1,801 m de largura (+0,2 cm), 1,415 m de altura (-0,1 cm) e 2,736 m de entre-eixos (+3,6 cm).
A geração atual está longe de ter um interior ruim, mas a mudança de linhagem fez bem ao Civic. O painel ganha linhas predominantemente horizontais, com uma interessante solução para “ocultar” os difusores – algo que outras marcas já fizeram também claro – e a já comum tela flutuante no topo, com nove polegadas. O sedã tem ainda quadro de instrumentos digital com visor de 10,2″, ar condicionado com comandos físicos – algo que a Honda voltou a adotar, a pedido dos clientes – e alavanca de câmbio tradicional. Entre os novos itens, há como destaque o aparelho de som Bose, com 12 alto-falantes.
Os motores são conhecidos e parecidos com os adotados no Brasil, movidos apenas a gasolna. As versões LX e Sport se movem pelo 2.0 16v de 160 cv e 19 kgfm, enquanto a EX e a Touring usam o 1.5 Turbo com 182 cv e 24,4 kgfm. A Honda afirma ainda ter aprimorado a transmissão continuamente variável (CVT), que segue como padrão para os dois.
A nova geração do Civic para a América do Norte será feita em Allisston, na província canadense de Ontário, enquanto o hatch terá montagem a cargo da planta de Greensburg, no estado americano de Indiana. Por isso, caso o Brasil não siga produzindo o sedã, sua continuidade por aqui é bastante improvável.