Quase dois meses depois da aliada Renault (leia aqui), a Nissan também vai se desfazer das ações da Daimler que possui. A japonesa negociará o 1,5% que detém para fazer caixa em meio à pandemia e à reestruturação global que havia planejado. Oficialmente, a venda dos ativos não encerra a parceria entre as companhias.
De acordo com a agência Reuters, a Nissan almeja negociar cada ação por € 69,85 (R$ 444,96), o que totalizaria cerca de € 1 bilhão (R$ 6,37 bilhões). É um pouco menos do que a aliada francesa conseguiu (€ 72,41 euros para cada quota). Nos bastidores, comenta-se que a medida ajudará a levantar recursos sem interferir na união com a Daimler. Isso porque a aquisição mútua de ações, no início da parceria, serviu para reforçar o compromisso entre as partes. Passada mais de uma década desde o início do acordo, entende-se que tal operação já não se faz mais necessária.
No momento, não se sabe ao certo o quão firme está a parceria entre Daimler e Renault-Nissan. A aliança gerou frutos proveitosos, como os Mercedes Citan e Classe T (futuramente), derivados do Kangoo, e o motor 1.3 Turbo, que ganhará variação Flex no Brasil. Porém, a união é frequentemente lembrada pelo fracasso da Classe X, derivada da Nissan Frontier. A picape teve a produção cancelada na Argentina, por desacerto entre as partes, e foi descontinuada depois de apenas dois anos na Espanha, devido ao insucesso comercial do modelo alemão.
ALL THE CARS 