CEO da Toyota sofre críticas por colocar em dúvida proibição de motor a combustão


Akio Toyoda, CEO da Toyota

O CEO da Toyota, Akio Toyoda, foi criticado por cinco grandes acionistas da montadora, em entrevista à agência Reuters. Segundo os ouvidos, a questão gira em torno das recentes declarações do executivo, que disse que as políticas de limitação de motores a combustão limitam as opções. Para eles, o discurso está desalinhado ao da montadora, especialmente porque a concorrência investe pesado em elétricos.

A Toyota já declarou ter como objetivo se tornar neutra de carbono até 2050, algo que outras companhias do setor tem buscado. Daí as críticas às palavras do CEO. No entanto, as declarações da Toyoda foram feitas durante um evento da Associação de Montadoras de Automóveis do Japão (Jama), da qual ele é presidente. “As políticas de proibição de carros movidos a gasolina ou diesel, desde o começo, podem limitar as opções e causar perda de força [no mercado] ao Japão”, disse. “O que o Japão precisa agora é expandir suas opções de tecnologia. Acredito que regulamentações e legislações deveriam vir depois”, acrescentou.

Para alguns acionistas, tais palavras podem indicar que o CEO não está de acordo com os planos e objetivos da marca. “Estamos verdadeiramente preocupados que o sr. Toyota não pareça perceber o que está em jogo aqui”, disse o CEO do fundo dinamarquês AkademikerPension, Jens Munch Holst. Ele deu a entender que a empresa poderia negociar suas ações da gigante japonesa caso não haja “intenso” engajamento da companhia em atingir os objetivos. “Como acionistas da Toyota, nos envolvemos ativamente com a empresa e recebemos garantias de que todas as suas atividades de lobby, incluindo associações da indústria, seriam revisadas e relatadas neste ano”, adiciona o CEO da Storebrand Asset Management, Jan Erik Saugestad.

As preocupações dos acionistas são bastante naturais. Todavia, há de se considerar que Toyoda possa não estar tão errado: enquanto a Toyota se prepara para eletrificar sua gama, é fato que o mundo atual ainda demanda pelos carros a combustão. Dessa forma, criar empecilhos em países desenvolvidos pode encarecer o desenvolvimento de novos produtos também para nações emergentes, reduzindo a competitividade das indústrias de locais mais extremistas.

[ Fonte: Autoblog ]

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