As vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil reencontraram o caminho do crescimento em maio, após se retraírem em abril (leia aqui). Ao todo, foram emplacados 175.405 exemplares, o que representa avanço de 7,03% sobre o período anterior, conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em relação ao mesmo mês do ano passado, o avanço é de significativos 209,76%, mas é preciso considerar que o País, à época, ainda sentia os efeitos diretos do isolamento social iniciado em meados de março. No acumulado, somam-se 837.125 emplacamentos, 30,7% sobre os 640.477 modelos negociados entre janeiro e maio de 2020.
Apesar de haver sinais de recuperação, os números poderiam ser ainda melhores, não fossem alguns entraves. O principal deles é a escassez de componentes, “liderada” pela falta de semicondutores, embora as montadoras também tenham dificuldades em receber materiais como plásticos e borracha. O reflexo é a série de paralisações nas fábricas nacionais, a maior delas na planta da General Motors em Gravataí (RS), onde são feitos Onix e Onix Plus. A planta suspendeu operações em março e só deve retomá-las em agosto.
Além da falta de peças, a indústria nacional sofre com outro problema grave: o encarecimento dos serviços logísticos, como reflexo novamente da pandemia. Com vários componentes importados, a alta nos custos acaba também sendo repassada ao preço final, deixando-os mais caros e menos atraentes frente a seminovos e usados.
Ao menos com um crescimento expressivo no acumulado, o Brasil pode retomar os números pré-pandemia ainda antes do esperado. Embora não se iguale a 2019, um avanço de 30% sobre o ano passado faria com que 2021 fechasse com volume superior a 2,5 milhões de emplacamentos, aproximando-se bem da quantia aferida antes da propagação da Covid-19.
Para conferir as vendas mensais, acesse abaixo:
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