Os recorrentes rumores de extinção da Lancia esfriaram desde que a Stellantis, formada com a fusão entre FCA e PSA, confirmou que todas as marcas do conglomerado terão uma década para apresentar resultados antes de serem fechadas. Agora, a direção do grupo dá um novo “voto de confiança” à tradicional empresa italiana, nomeando um comandante de design para a divisão. O escolhido é Jean-Pierre Ploué, que supervisionará o trabalho feito pela divisão da marca no Torino Centro Stile, na Itália.
Assumindo o cargo, Ploué chega com uma responsabilidade enorme: recriar a identidade da Lancia. A marca italiana conta apenas com o compacto Ypsilon, lançado em 2011, e opera somente em seu país de origem. Ainda é incerta a volta da empresa a outras localidades, mas a expansão da gama é inevitável: o mais provável é que o primeiro produto em mais de uma década seja um SUV compacto eletrificado. “O renascimento da Lancia é um desafio verdadeiramente empolgante. A Lancia é uma marca icônica, que será restaurada à sua posição histórica na Europa, com grande potencial”, aponta Ploué.
É bastante provável que o primeiro lançamento da Lancia em mais de 10 anos seja um SUV, como dito acima, construído sobre a plataforma modular CMP, de origem francesa. Apta a receber motores eletrificados, ela serve de base para modelos como Opel Mokka, DS3 Crossback e Peugeot 2008, por exemplo. No entanto, ainda não há uma data oficial para que a empresa formalize seus novos planos.
O nome de Ploué é familiar aos mais ligados em design. Ele estreou na Renault em 1985 e foi responsável pelas linhas do primeiro Twingo, lançado em 1992. Três anos depois, chegou à Volkswagen, onde ficou até 1998, mudando-se para a Ford. Da gigante do oval azul, passou ao Grupo PSA no ano seguinte, chefiando o centro de design da Citroën a partir de 1999. Desde então, atua no conglomerado francês, tendo se tornando recentemente o diretor de design (CDO) da Stellantis.