Gadkar (esq.): fã confesso da tecnologia brasileira (dir.)
Os motores flex, amplamente populares no Brasil, podem se tornar obrigatórios na Índia. Após expressar interesse em sua utilização em massa por lá (leia aqui), o ministro dos Transportes local, Nitin Gadkari, revela haver um movimento para que os propulsores com tecnologia bicombustível se tornem o padrão das montadoras locais. “Vamos tomar a decisão em cerca de 10 dias e tornaremos isso [os motores flex] mandatário na indústria automotiva”, confirma o ministro.
De acordo com a revista Autocar India, o governo indiano tem dois objetivos com a medida. O primeiro, claro, reduzir as emissões da frota circulante local, considerando-se que 21 das 30 cidades mais poluídas são daquele país, segundo o relatório da IQAir AirVisual (2020). O outro é reduzir a dependência do petróleo, haja vista que a indústria local pode extrair etanol do milho e também da cana. “[A obrigatoriedade] Impulsionará a economia da Índia, porque somos fornecedores de milho. E não temos lugares para estocar todo esse grão”, acrescenta Gadkari.
Os motores flex são como os utilizados no Brasil: podem queimar 100% de gasolina ou 100% de etanol indistintamente ou em diferentes proporções de cada. Na Índia, o derivado fóssil vendido nos postos é composto em 10% pelo álcool, mas o percentual aumentará para 20% em 2023, dois anos antes do planejado originalmente.
[ Fonte: Autocar India ]