Os planos da União Europeia de proibir a venda de veículos a combustão a partir de 2035 (leia aqui) vêm rendendo assunto. Depois da França (leia aqui), foi a vez da Alemanha destacar que o prazo pode ser muito rigoroso para que a indústria automotiva consiga atendê-los sem grande impacto. Para representantes do governo germânico, o processo seria mais rápido do que muitos envolvidos no setor estavam preparados.
De acordo com a agência Automotive News, há temor entre alguns países de que o prazo muito estrito possa afetar suas fábricas. “Acredito que todos os fabricantes de carros e caminhões estão cientes das especificações mais restritas que estão por vir. Porém, elas [as mudanças] têm de ser tecnicamente viáveis”, apontou o ministro dos Transportes da Alemanha, Andreas Scheuer. Ela reforça apoiar a transição dos automóveis aos elétricos alimentados por bateria à medida em que propulsores impulsionados por combustíveis fósseis sejam abandonados. Para caminhões pesados, o caminho seria outro: “precisam focar no hidrogênio”, recomenda.
As declarações de pessoas ligadas ao alto escalão dos governos de França e Alemanha denotam que poderá haver um embate entre estas potências – e outras mais, talvez – e a União Europeia. Afinal, países como Itália, Espanha e Reino Unido também possuem fábricas de automóveis que terão de investir pesado para se adequarem às novas normas. O mesmo se pode dizer de outras localidades, como Países Baixos (até então Holanda), Polônia, Eslováquia e Tchéquia (antiga República Tcheca).
Vale lembrar que a União Europeia propõe reduzir em 100% as emissões de dióxido de carbono (CO2) por veículos novos até 2035, o que eliminaria de vez os motores a gasolina e diesel.
[ Fonte: Automotive News ]