Com 162.404 emplacamentos, julho foi o pior dos últimos 12 meses na vendas de automóveis e comerciais leves novos no Brasil. Segundo relatório da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o volume é 4,23% menor que o de junho e 0,40% inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando o País ainda se recuperava dos efeitos da pandemia de Covid-19. No acumulado, somam-se 1.169.052 licenciamentos, 26,21% acima do aferido ao longo dos sete primeiros meses de 2020.
A retração nas vendas é um claro efeito da escassez de componentes, em especial semicondutores, que tem afetado a indústria automobilística global. No Brasil, pelo menos 14 fábricas de oito empresas diferentes sofreram paralisações ou fechamentos completos por falta de peças. Com isso, o mercado acabou desabastecido, reduzindo estoques e até mesmo causando a inexistência de veículos para comercialização.
Como resultado, a falta de produtos tem contribuído para o aumento constante nos preços de veículos novos, afetados também pelo crescimento no custo dos insumos e gastos logísticos, além da inflação. Em reflexo, a procura por modelos usados também avançou, tornando-os também mais caros. Esse “fenômeno” também reflete na alta das cifras para carros 0km.
No acumulado, ainda se tem alta. O crescimento até julho, porém, é consideravelmente menor que os 31,90% de avanço aferidos até o primeiro semestre de 2021. O menor avanço já havia sido previsto pela Fenabrave, que refez as projeções de crescimento em junho. A entidade acredita que o mercado nacional somará 2,16 milhões de vendas em automóveis e comerciais leves, avançando 10,7% sobre 2020. Até maio, a associação apontava para alta de 15,8%, chegando-se a 2,26 milhões de licenciamentos. stico era mais otimista, com expansão de 15,8% e 2,26 milhões de emplacamentos.
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