F1: Com caos no fim, Hamilton vence na Rússia; Verstappen e Sainz fecham pódio


Russian Grand Prix Top Three Press Conference - GRAND PRIX 247

Lewis Hamilton era uma forte ameaça para o líder Lando Norris a seis voltas do fim do GP da Rússia até que a chuva chegou. O ponteiro não obedeceu às ordens da McLaren, enquanto o heptacampeão, após resistir, acatou o comando da Mercedes e trocou os pneus. Melhor para o experiente britânico, que conquistou a história centésima vitória na Fórmula 1. Sem controle, Norris “passeou” pelo circuito de Sochi e terminou apenas em sétimo. O caos no fim foi positivo também para Max Verstappen, que largou em último e chegou em segundo. O pódio foi completado por Carlos Sainz, que chegou a liderar a prova no início, mas não conseguiu manter o ritmo de sua Ferrari por toda a etapa.

A CORRIDA

Largando na pole, Norris conseguiu dar gás no início e se proteger de Sainz. Com um impressionante terceiro lugar, George Russell também manteve a posição, enquanto Hamilton, partindo de quarto, adotou cautela para evitar confusões. Porém, foi ultrapassado por Lance Stroll, Daniel Ricciardo e Fernando Alonso, caindo para sétimo. Sergio Perez vinha logo atrás, mas com dificuldade para encostar no britânico, sofrendo ataques de Esteban Ocon. Lá atrás, Valtteri Bottas mantinha a 16ª posição – a Mercedes decidiu trocar seu motor, fazendo com que o finlandês pudesse “frear” o avanço de Verstappen -, enquanto Verstappen e Charles Leclerc iniciavam suas corridas de recuperação.

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Na segunda volta, Sainz tomou a liderança de Norris, dando início a um belo duelo entre os ex-companheiros de equipe. Russell não conseguia manter o ritmo para se aproximar dos dois, mas ao menos não perdia tanta vantagem, garantindo que Stroll não tivesse ímpeto para atacá-lo. Lá atrás, Leclerc e Verstappen vinham escalando o pelotão. O monegasco largou bem e já era o 12º na segunda volta. Receoso com possíveis colisões, o holandês vinha em ritmo menos frenético, mas não tinha dificuldades para realizar ultrapassagens. A manobra realizada sobre Bottas, inclusive, surpreendeu bastante pela falta de “combatividade” do finlandês da Mercedes. Ou seja: trocar seu motor para colocá-lo no caminho de Max de nada adiantou.

Lá atrás, Verstappen aproveitaria a briga entre Sebastian Vettel e Leclerc para tomar a posição do piloto da Ferrari. Na ponta, ainda não havia disputa: a fila puxada por Russell deixava todos em condições de abrirem a asa móvel, reduzindo as chances de ultrapassagens. Logicamente, quem largou com pneus médios pararia mais cedo para trocar os calçados. Porém, algumas equipes parecem ter parado muito cedo: a Aston Martin chamou Stroll na volta 13, enquanto Russell e Sainz pararam na 14. Norris, por exemplo, só parou na 28ª.

Com a parada de Sainz, Ricciardo assume a vice-liderança, com Hamilton no encalço e Perez em seguida. O mexicano começa a aparecer no retrovisor do heptacampeão, a fim de gerar pressão por erro. O trio fica muito próximo, enquanto Norris administra boa vantagem. Nesse ínterim, Verstappen passa de oitavo para sexto, colando nos ponteiros, mas sem conseguir chegar com firmeza em Alonso. Na 23, Ricciardo vai aos boxes e sofre com a reposição de um dos pneus, deixando o caminho livre para Hamilton em sua parada futura.

Na volta 27, Hamilton entra para trocar médios por duros, enquanto Verstappen, no mesmo giro, faz substituição contrária. Lewis volta em nono; Max em 12º. Na pista, Sainz passa Bottas, enquanto Norris conserva a ponta. Perez avança para segundo, com Alonso em terceiro e Lerclec em quarto: os três calçam duros. Lando para na volta seguinte, deixando o mexicano da Red Bull na dianteira e voltando em quarto, mantendo a liderança virtual. Em ritmo frenético, Hamilton vem forte, superando os rivais na pista, como Stroll, Pierre Gasly e Sainz. “Na caça”, Verstappen ultrapassa Russell e, em seguida, também toma posição de Stroll.

Com os pneus duros já desgastados, Leclerc não foi páreo para Norris e Hamilton, que o ultrapassaram em momentos distintos, com diferença de duas voltas: era sinal de que estava na hora de parar. O monegasco também teria problemas em um dos pneus, sofrendo atraso na troca. Em 19º, Mick Schumacher era obrigado a abandonar, com problemas hidráulicos. Na volta 30, uma injeção de ânimo vem pelo rádio de Hamilton: “Lewis, você pode vencer essa corrida”, disse o chefão Toto Wolff. No momento, ele era segundo, pois Perez e Alonso acabavam de ir aos boxes. O mexicano até poderia ceder a posição da Verstappen, mas o holandês não contava com o avanço do espanhol da Alpine, sendo ultrapassado pelo bicampeão. Ele cairia para sétimo e parecia não ter mais ritmo para acompanhar o rival, vendo Alonso abrir distância.

Tal qual as equipes vinham alertando pelo rádio, algumas gotas começaram a cair em determinados trechos do circuito a oito voltas do fim. Estrategicamente, um grupo de pilotos parou, entre as voltas 47 e 48, para calçar pneus intermediários: Bottas, Russell, Räikkönen, Verstappen, Sainz, Ricciardo e Stroll. A chuva então apertou, mas Hamilton e Norris ignoravam as equipes. Até que, no giro 49, Lewis cedeu: seria sua única chance de vencer, como ele próprio reconheceria depois. Com vantagem de 50 segundos sobre o terceiro, na ocasião, não foi difícil manter o segundo posto. Alonso e Perez parariam em seguida, assim como Vettel, Gasly e Ocon, mas já era um pouco tarde.

Everything was under control' – Devastated Norris convinced Sochi win was  on without late rain in Russian GP | Formula 1®

A três voltas do fim, Norris permanecia na liderança, mas não conseguia mais controlar o carro. Os pneus lisos não davam tração e a McLaren perdia velocidade nas retas e tração nas curvas, passando direto em várias ocasiões. Até mesmo para chegar aos boxes houve dificuldade. Com a decisão, o inglês despencou para oitavo, mas ainda conseguiu superar Räikkönen e subir para sétimo. Ainda assim, cravou a volta mais rápida e anotou o ponto extra.

A próxima etapa da Fórmula 1 é o GP da Turquia, em Istambul Park, entre 08 e 10 de outubro.

Confira abaixo a classificação da prova.

GP VTB DA RÚSSIA (53 voltas)
1. Lewis Hamilton (ING) – Mercedes – em 01h30min41s001
2. Max Verstappen (HOL) – Red Bull-Honda – a 53s271
3. Carlos Sainz (ESP) – Ferrari – a 1min02s475
4. Daniel Ricciardo (AUS) – McLaren-Mercedes – a 1min05s607
5. Valtteri Bottas (FIN) – Mercedes – a 1min07s533
6. Fernando Alonso (ESP) – Alpine-Renault – a 1min21s321
7. Lando Norris (ING) – McLaren-Mercedes – a 1min27s224
8. Kimi Räikkönen (FIN) – Alfa Romeo-Ferrari – a 1min28s955
9. Sergio Perez (MEX) – Red Bull-Honda – a 1min30s075
10. George Russell (ING) – Williams-Mercedes – a 1min40s551
11. Lance Stroll (CAN) – Aston Martin-Mercedes – a 1min56s198 *
12. Sebastian Vettel (ALE) – Aston Martin-Mercedes – a 1 volta
13. Pierre Gasly (FRA) – AlphaTauri-Honda – a 1 volta
14. Esteban Ocon (FRA) – Alpine-Renault – a 1 volta
15. Charles Leclerc (MON) – Ferrari – a 1 volta
16. Antonio Giovinazzi (ITA) – Alfa Romeo-Ferrari – a 1 volta
17. Yuki Tsunoda (JAP) – AlphaTauri-Honda – a 1 volta
18. Nikita Mazepin (RUS) – Haas-Ferrari – a 2 voltas

* Punido com adição de 10 segundos

NÃO COMPLETARAM
Nicholas Latifi (CAN) – Williams-Mercedes
Mick Schumacher (ALE) – Haas-Ferrari

VOLTA MAIS RÁPIDA
Daniel Ricciardo (AUS) – McLaren-Mercedes – 1min24s812 (volta 53)

PILOTO DO DIA (Votação do Público)
Daniel Ricciardo (AUS) – McLaren-Mercedes

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