A situação da Renault ficou crítica na fábrica de São José dos Pinhais (PR). Por falta de componentes, a marca francesa anunciou que suspenderá contratos de trabalho (layoff) dos metalúrgicos locais, o que ajudará a ajustar a produção à demanda. Todavia, o processo será mais drástico, com a abertura de planos de demissão voluntária (PDV) e involuntária (PDI).
De acordo com a Renault, o pacote de medidas foi aprovado pelos funcionários na última quarta-feira (29). A empresa indica que precisará cortar em mais de 10% o quadro atual, composto por cerca de cinco mil colaboradores, apontado a redução de 550 postos com a medida. No PDV, a montadora oferece 10 salários de bonificação, verbas rescisórias e plano de saúde ativo por seis meses, com expectativa de “convencer” 250 trabalhadores. Em segunda etapa, o PDI concederá cinco salários e convênio de quatro meses.
Já no layoff, espera-se que a duração seja de cinco meses, com pagamento de 85% do salário da primeira turma e 70% das demais. Foi aprovada redução da jornada anual em até 18 dias, com um máximo de três dias descontados por mês. A expectativa é que 300 colaboradores sejam envolvidos na medida.
No complexo paranaense, a Renault monta Captur, Duster, Duster Oroch, Kwid, Logan, Master e Sandero.