As vendas de automóveis e comerciais leves alcançaram o pior momento em setembro. Com a falta de veículos causada pela escassez de componentes, em especial semicondutores, o Brasil emplacou apenas 142.354 exemplares ao longo do nono mês, o pior período do ano, “superando” o já fraco agosto (leia aqui) em 10,19%. Em relação a setembro de 2020, a queda é ainda maior: 28,38%. No acumulado, o mercado chega a 1.469.862 unidades licenciadas, apenas 13,19% sobre o mesmo período do ano passado. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
De acordo com a Fenabrave, setembro de 2021 teve uma média de 6.778 emplacamentos em cada um de seus 21 dias úteis. Trata-se do menor valor já registrado desde maio de 2020, no auge da pandemia, quando ainda se sentiam os efeitos das medidas de distanciamento e isolamento sociais. O motivo é a falta de peças, em especial semicondutores. A consultoria americana AFS estima que quase 320 mil veículos leves deixaram de ser produzidos no Brasil, apenas em 2021, devido à escassez dos microchips.
Com um cenário pessimista, de tendência de arrefecimento das operações, a Fenabrave revisou as projeções de crescimento para 2021. Até julho, a entidade estimava quase 2,3 milhões de emplacamentos de leves e pesados, o que refletiria em alta de 11,6% sobre o ano passado. Agora, aponta para 2,16 milhões, indicando avanço de 4,8%.
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