Como outros países, a Argentina também trabalha para determinar a proibição da venda dos veículos a combustão. Em projeto enviado ao congresso local, o governo do presidente Alberto Fernández impõe que a comercialização seja permitida até 2040. A partir do ano seguinte, apenas elétricos poderão ser negociados por lá.
De acordo com o governo, a proibição é parte de um planejamento de eletrificação da frota, que prevê incentivos para produção e comercialização desse tipo de veículo. Há incentivos fiscais para os consumidores finais e benefícios para fabricantes de veículos, autopeças e componentes, aproveitando-se que a Argentina é o país com a segunda maior reserva mundial de lítio, atualmente componente chave para a produção de baterias, e a terceira maior de lítio comercialmente viável, atrás de Chile e Austrália.
As estimativas do governo apontam que serão gerados US$ 8,3 bilhões em investimentos na indústria automotiva ao longo de 10 anos, devido à política de eletrificação, com geração de “mais de 21 mil vagas de emprego”. Todavia, executivos de grandes companhias apontam que os postos de trabalho tendem a ser reduzidos. Isso se deve à menor complexidade dos sistemas de propulsão elétricos em comparação com os utilizados por veículos com motor a combustão. O CEO da Volkswagen, Herbert Diess, afirmou que o esforço necessário é até 30% menor (leia aqui) na produção dos ecologicamente corretos.