A produção de veículos no Brasil segue enfrentando problemas devido à escassez de componentes. Em outubro, segundo a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as fábricas aqui instaladas montaram 177.864 unidades, entre leves e pesados, o que representa avanço de 2,6% sobre setembro. No entanto, em relação ao mesmo mês de 2020, há queda acentuada de 24,8%. Nas exportações, o cenário é parecido: foram enviados 29.803 exemplares, 26,1% a mais que no período anterior, mas 14,6% a menos que em outubro do ano passado.
A retração significativa em relação ao mesmo mês de 2020 ressalta as dificuldades enfrentadas pela indústria nacional: esse foi o pior outubro em termos de produção dos últimos cinco anos. Tradicionalmente, o mês registra grande volume fabril para abastecer o mercado no último bimestre, quando as lojas tupiniquins costumam comercializar grandes quantias de veículos. A falta de peças, em especial semicondutores, tem prejudicado as operações, refletindo-se em estoques diminutos de unidades prontas e emplacamentos limitados. “Os esforços das áreas de Compras, Logística e Manufatura das montadoras merecem todos os elogios, mas infelizmente a demanda reprimida, somada ao tradicional aquecimento de fim de ano, poderá não ser atendida pela oferta”, aponta o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
As exportações também apresentaram recuperação, com o envio de 29.803 veículos ao exterior representando alta de 26,1% sobre setembro. Em relação a outubro do ano passado, a queda é de 14,6%, o que freou o avanço no acumulado. Em 2021, as fabricantes brasileiras despacharam 306.784 exemplares, 26,8% a mais que no mesmo período de 2020. O aumento é expressivo, mas as dificuldades de produção seguem limitando a comercialização de veículos com mercados estrangeiros.
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