A produção global de veículos segue sofrendo com a escassez de componentes, mas, em novembro, as fábricas instaladas no Brasil deram “uma respirada”. No período, a indústria local montou 206.042 modelos, entre leves e pesados, registrando o melhor mês de 2021, com alta de 15,1% sobre outubro (leia aqui). Por outro lado, as exportações somaram 28.018 exemplares, 6% abaixo na mesma comparação, registrando o pior volume nesse quesito para novembro desde 2014. Os dados são da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Com o ótimo resultado de novembro, para o panorama atual, a indústria nacional soma 2.037.650 unidades produzidas ao longo de 2021. A quantia é 12,9% superior à aferida entre os 11 primeiros meses de 2020, uma lufada de esperança em meio a um cenário de incertezas. Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, o resultado positivo foi devido ao recebimento de peças. “No período as montadoras conseguiram completar a montagem de parte dos veículos que estavam em pátio aguardando componentes. Ainda há dificuldades na cadeia logística, mas considerando o contexto foi um bom resultado para o mês”, explica.
Do total produzido até novembro, 1.873.783 foram de automóveis e comerciais leves, 9,8% acima do montado em 2020. Por segmentos, o destaque fica para o de caminhões, com 146.415 exemplares fabricados em 2021, refletindo em avanço de 86,5% sobre o ano passado. O volume será o maior registrado para a categoria em oito anos.
Nas exportações, o acumulado chegou a 334.802 unidades, avançando 17,1% sobre o mesmo período de 2020. Os veículos leves somaram 310.392 envios, com alta de 14,7%. Já os caminhões seguiram a tendência de alta, chegando a 20.764 despachos, o que significa um aumento de 79% sobre o somado entre janeiro e novembro do ano passado. Ainda com os empecilhos impostos pelo governo da Argentina, os principais destinos dos veículos brasileiros foram Chile e Colômbia, segundo a Anfavea.
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