Caminhando para eletrificar seus veículos, como praticamente todas as montadoras de grande volume, a Hyundai decidiu por encerrar os trabalhos da área de motores em seu Centro de Pesquisa & Desenvolvimento, na Coreia do Sul. De acordo com o jornal local The Korea Economic Daily, a companhia destinará recursos e pessoal, até então dedicados àquele fim, a buscar avanços em termos de propulsão elétrica. A decisão, claro, afeta também as marcas Kia e Genesis.
De acordo com o periódico, a informação foi revelada pelo recentemente nomeado chefe do departamento de P&D, Park Chung-Kook, em e-mail destinado aos cerca de 12 mil funcionários do complexo, situado em Namyang. A justificativa foi a necessidade de se acelerar o processo de eletrificação dos produtos. “Agora, é inevitável convertermos [nossos esforços] na eletrificação. O desenvolvimento de nossos próprios motores é uma grande conquista, mas é preciso mudar o sistema para criarmos um futuro inovador, baseado no que já alcançamos no passado”, explicou.
A guinada à eletrificação, por ora, dá fim “apenas” ao desenvolvimento de novos motores a combustão.Segundo o jornal, um grupo menor de colaboradores seguirá atuando para modernizar a atual família de propulsores. Já a área de alto desempenho será dedicada aos sistemas elétricos de alto rendimento. O setor contará também com equipes destinadas a baterias e matérias-primas para semicondutores.
A divisão de desenvolvimento de motores da montadora surgiu em 1983, quando Chung Ju-Yung, fundador do Grupo Hyundai e avô do atual presidente da companhia, Chung Euisun, determinou a criação de um propulsor próprio para seus veículos. O primeiro foi o Alpha, aplicado em 1991. Desde então, surgiram outros batizados também com letras gregas, como o Beta, o Theta, o Nu e o Kappa, que equipa os brasileiros HB20, por exemplo. No futuro, eles desaparecerão: a meta da Hyundai é comercializar um milhão de elétricos em 2025, passando tê-los como padrão até 2040.
[ Fonte: The Korea Economic Daily ]