A Volkswagen Argentina anunciou o fim das vendas do Gol no mercado local. Desde 1º de janeiro, o compacto não pode mais ser negociado na terra do tango devido à ausência de controle de estabilidade (ESP), obrigatório a partir daquela data. A marca possui uma licença especial para poder entregar cerca de 1.500 unidades remanescentes, ainda em estoque, que serão destinadas a clientes que vêm pagando parcelas de um plano de consórcio do modelo.
A descontinuação do Gol é um marco para o mercado argentino. Apesar de não ter a mesma relevância vista no Brasil, o hatch é comercializado por lá há mais de 30 anos, desembarcando em 1991. Ele chegou a ser montado na fábrica de General Pacheco, entre 1993 e 2003, para consumo interno. Ao longo da história, o compacto teve mais de 830 mil unidades emplacadas na Argentina, liderando o mercado local por 17 anos. Em 2021, vendeu 15.221 exemplares, ocupando a terceira colocação entre automóveis, atrás somente de Fiat Cronos e Peugeot 208.
O Gol segue listado nas tabelas da VW, com preços que começam em 2,15 milhões de pesos (R$ 118.434) na versão 1.6 Trendline Manual e 2,31 milhões (R$ 127.231) na 1.6 Trendline Automática. Com sua saída, o modelo mais acessível da marca alemã na Argentina passa a ser o Polo, que parte de 2,69 milhões de pesos (R$ 147.838).
Além do Gol, outros modelos receberam o aval do governo argentino para serem entregues sem ESP, respeitando os planos locais. A Renault entregará 410 exemplares de Kwid, Master e Duster Oroch sem o item de segurança. Outras 847 unidades são de Citroën C4 Lounge, Peugeot 308 e Peugeot 408.