Dando continuidade ao especial ¡Adiós, muchacho! 2021, o ALL THE CARS publica agora a segunda parte. Tão recheada quanto a primeira (leia aqui), ela traz outros 12 modelos que saíram de cena por decisão das montadoras – ou força da Lei. Confira abaixo e recorde de quem nos deixou ao longo do último ano.
MITSUBISHI PAJERO FULL – Outro modelo que 2021 levou foi a icônica Pajero Full. Produzida no Japão apenas para exportação desde 2019 (leia aqui), ela sai deu cena em maio por aqui (leia aqui). Para marcar o fim, a Mitsubishi criou a série Legend Edition, limitada a 100 exemplares, com alguns poucos diferenciais. Por ora, o utilitário não ganhou sucessor sequer lá fora.
NISSAN V-DRIVE – Para conviver com a nova geração (leia aqui), o Versa brasileiro passou a se chamar V-Drive (leia aqui) em 2020. A mudança de identidade, porém, mal durou um ano (leia aqui), com o fim da oferta do sedã. Ele ajudava a Nissan a preencher espaço na fábrica de Resende (RJ) desde a morte do irmão March (leia aqui), mas agora resta somente o Kicks à unidade fluminense. Seu sucessor segue no mercado, importado do México.
PEUGEOT 5008 – A notícia parece até aquele título de filme inexistente: “a volta dos que não foram.” Afinal, noticiamos que o 5008 havia deixado o mercado em janeiro (leia aqui). Todavia, Peugeot confirmou a oferta do SUV em março (leia aqui), colocando-o de volta em seu site oficial. Desde maio (leia aqui), contudo, ele já não aparece mais no site e nas tabelas oficiais e está mesmo fora do mercado tupiniquim.
RENAULT SANDERO RS – Outra perda bastante sentida no Brasil é a do Sandero RS. Não por seu grande volume de vendas ou refinamento, mas por ser, praticamente, o último esportivo nacional. Os motivos? Ter sido trabalhado pela matriz da Renault Sport na França e destinado exclusivamente para cá, com suspensão e direção específicos e uma combinação de motor 2.0 e câmbio manual próprios para o mercado nacional. Por legislação ambiental, o hatch foi embora sem deixar substituto (leia aqui). Uma pena.
TOYOTA CAMRY – Líder de vendas entre os automóveis (ou seja: sem contar picapes ou SUVs) nos Estados Unidos, o Camry não tem repete o sucesso por aqui. Afinal, o preço praticado por aqui o equipara a modelos de marcas mais refinadas, incluindo a irmã Lexus, reduzindo o potencial de mercado do sedã. Ele foi descontinuado em agosto (leia aqui). A surpresa foi, na verdade, o tanto que a Toyota ainda insistiu em comercializá-lo por aqui.
TOYOTA ETIOS – Com quase 10 anos de mercado (leia aqui) e sem mudanças profundas no visual, o Etios até que durou no Brasil. Porém, perdeu bastante espaço com a chegada do Yaris e, claro, de concorrentes mais modernos. A Toyota segue produzindo o compacto para exportação, devido à alta aceitação na Argentina (leia aqui e aqui). Hatch e sedã foram descontinuados em abril (leia aqui).
TOYOTA PRIUS – Ao mesmo momento em que suspendeu o Camry (leia aqui), a Toyota também paralisou a comercialização do Prius. Aqui, é ainda mais fácil compreender a decisão: o diferencial do sistema híbrido flex se perdeu com o Corolla, nacional, com fama consolidada e de visual menos exótico. Incompreensível foi terem até reestilizado o modelo por aqui (leia aqui).
TROLLER T4 – O fim das atividades industriais da Ford no Brasil levou junto também a Troller (leia aqui). Última marca nacional com “grande volume”, a empresa cearense foi abandonada: mesmo com interessados, a gigante do oval azul só aceitou negociar a fábrica e adjacências, sem liberar projetos e patentes. Quem se interessaria por uma planta de veículos tendo de começar a operá-la do zero no âmbito atual? Pois é… o T4 nos deixou de vez, após mais de duas décadas fazendo a alegria do povo em dunas, trilhas, estradões e até mesmo no asfalto. Adeus, Troller!
VOLKSWAGEN FOX – Nascido em 2003 sobre a plataforma do Polo, o Fox era um dos modelos mais antigos em produção no mercado. Focado em espaço interno, ele chegaria para substituir o Gol, o que não aconteceu. Além de ambos conviverem – aliás, os três hatches -, o veterano ficou e a raposa saiu (leia aqui). A morte foi confirmada em outubro, após meses de rumores de de descontinuação. O hatch deixou o País sem série especial nem sucessor direto.
VOLKSWAGEN UP – Na Europa, o Up surgiu para substituir o Fox. Por aqui, a Volkswagen ficou em cima do muro: primeiro, tentou fazê-lo atuar na faixa de acesso, no lugar do Gol; depois, sem sucesso, tornou o modelo um carro de imagem, especialmente pelo desempenho. A segunda estratégia até que deu certo, mas não foi o suficiente para convencer a marca a mantê-lo em produção. Além disso, o fato de ele usar uma plataforma muito específica, com componentes únicos, encarecia o projeto. Em tempos de arquiteturas modulares, é algo imperdoável. Deixou o mercado em abril (leia aqui).
VOLKSWAGEN TIGUAN – Enquanto não ganha a reestilização de meia vida (leia aqui), o Tiguan Allspace deixa de ser oferecido no mercado brasileiro. A Volkswagen tomou a decisão em outubro (leia aqui), após suspender a importação devido à crise dos semicondutores (leia aqui), mas não deu previsão de quando o sucessor chegará. A expectativa é que ele seja lançado até a metade de 2022, com propulsão híbrida e preços pouco convidativos.
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