Rivian R1
A Ford e a Rivian anunciaram o fim da cooperação por elétricos, iniciada em abril de 2019. À agência Automotive News, o CEO da gigante do oval azul, Jim Farley, revelou que o divórcio foi amigável e que nada impede de as partes se unirem no futuro. Por ora, contudo, ambas decidiram que a melhor alternativa é seguirem sozinhas seus próprios caminhos.
Em entrevista à agência, Farley revelou que os planos de cooperação foram suspensos por mudanças nas estratégias. “Quando você compara [a Ford] hoje com o que éramos quando foi feito o investimento, muita coisa mudou: nossa habilidade [de fazer elétricos], a direção de cada uma das marcas [individualmente], e agora nós temos a certeza do que temos de fazer. Nós queremos investir na Rivian, adoramos seu futuro enquanto empresa, mas nesse ponto achamos melhor desenvolver nossos próprios veículos”, disse o CEO.
O investimento da Ford na Rivian, na época, teve um bom motivo: reduzir o atraso da empresa em relação às rivais, então FCA Fiat Chrysler e General Motors, que já tinham elétricos encaminhados. Com o projeto da startup, a gigante do oval azul poderia diminuir a desvantagem sobre as rivais. Contudo, os resultados colhidos nos modelos atuais mudaram completamente o cenário.
Basta observarmos a gama elétrica da Ford. Apesar da imediata rejeição dos fãs do Mustang, o SUV Mustang Mach-E chegou a ter filas de espera de sete meses, tamanha a procura. A picape F-150 Lightning conta com mais de 160 mil pedidos e até mesmo o utilitário E-Transit conquistou o público dos EUA: foram 24 mil reservas no primeiro ano de produção. A empresa também está construindo três fábricas de baterias nos EUA, dobrando sua capacidade anual e devendo chegar a mais de 600 mil veículos elétricos feitos por ano a partir de 2023. Ou seja: pelo panorama atual, a Rivian não é mais essencial.
Apesar disso, a Ford mantém 12% de participação na Rivian e seguirá fornecendo componentes, por meio da subsidiária Troy, para a picape R1.
[ Fonte: Automotive News ]