As vendas de automóveis e comerciais leves começaram o ano em baixa significativa. De acordo com os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacados 116.601 exemplares em janeiro, 39,75% menos que em dezembro (leia aqui) e 28,26% abaixo do aferido no mesmo mês de 2020 (leia aqui). Segundo a entidade, que reúne os concessionários, os principais fatores para a queda acentuada foram a crise de fornecimento dos semicondutores e sua consequente redução nos estoques.
No Brasil, tradicionalmente janeiro é um mês de vendas baixas em relação ao final do ano. Isso ocorre porque, principalmente, o cidadão acaba por ter de custear outros gastos, como IPVA e IPTU, que variam de região, mas em muitos locais têm vencimento já para janeiro ou fevereiro. Desta vez, o menor “dinheiro em caixa” foi potencializado pela falta de veículos. Além disso, os constantes aumentos nos preços também afugentaram clientes e a recente alta da taxa de juros diminuiu a obtenção de crédito. “O resultado é conjuntural e acontece em função dos baixos estoques em dezembro, da persistente falta de produtos e, também, devido à sazonalidade”, explica o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr.
Apesar da grande queda inicial, a entidade mantém as projeções de crescimento para 2021. Considerando-se apenas os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa fica para alta de 4,4%. Já no mercado como um todo, que inclui ônibus, caminhões, motos e até implementos rodoviários, as apostas são de crescimento de 5,2%.
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