A Alfa Romeo apresentou seu segundo SUV da história, o Tonale, que surgiu como conceito há três anos (leia aqui). Trata-se de um modelo menor que o Stelvio, para enfrentar modelos como Audi Q3 e Mercedes-Benz GLA. Ele terá um motor a diesel, outro a gasolina e três variações híbridas, que serão oferecidas em diferentes mercados. Infelizmente, o Brasil segue fora da rota da marca.
Visualmente, o Tonale traz muito do que se viu no conceito de 2019. A dianteira tem faróis horizontais compridos formados por três elipses de LED e o cuore sportivo, a abertura de ar triangular tradicional dos Alfa, combinado às entradas generosas do para-choque com grelhas em padrão de losango. As laterais têm vidros com corte que lembram os cupês, enquanto a traseira traz lanternas estilosas unidas por uma faixa central.
O habitáculo lembra outros Alfa, como Stelvio e Giulia, ao adotar difusores laterais circulares e retangulares no centro. O volante é muito parecido com o usado pelos irmãos, embora tenha diferença no raio inferior, e incorpora o botão de partida. A alavanca de câmbio é própria e o quadro de instrumentos digital, com visor de 12,3 polegadas, remete ao grafismo clássico dos produtos da marca (Heritage, mas há as opções Relax e Evolved também). Por fim, sua central multimídia é mais generosa que a do Stelvio, com visor de 10,25″.
A Alfa não falou sobre a origem da plataforma do Tonale, mas é provável que ele compartilhe algo com o Jeep Compass, ainda que as medidas sejam diferentes. Do que se sabe até o momento, o novo SUV tem 4,53 metros de comprimento e 500 litros no porta-malas – um pouco menos nos modelos híbridos plug-in (PHEV). Ele adota suspensões McPherson nos dois eixos, algo não tão comum na indústria, mas que não é inédito na Alfa: o hatch 147, o sedã 156 e o cupê 4C adotaram o arranjo. Vale lembrar que o Jeep Compass usa os mesmos esquemas.
Para os EUA, o Tonale terá um 2.0 Turbo a gasolina de 259 cv com câmbio automático de nove marchas e tração nas quatro rodas. Na Europa, usará um 1.6 Turbodiesel de 131 cv, com caixa de dupla embreagem e seis relações e tração dianteira. Já a gama híbrida será formada por três opções, que serão oferecidas de acordo com as estratégias individuais de cada mercado.
Os híbridos “tradicionais” terão um motor 1.5 turbo a gasolina combinado a um propulsor elétrico. No de 130 cv, o auxiliar é mais fraco, mas mantém a rede de 48 volts. Já o de 160 cv tem turbocompressor de geometria variável e um propulsor auxiliar de 20 cv que pode manter o veículo circulando, embora a Alfa não detalhe as condições para que isso ocorra. Para ambos, o câmbio tem dupla embreagem (TCT) e sete marchas.
Por fim, há um híbrido plug-in (PHEV), que pode receber energia externa. Ele é similar ao usado pelo Compass 4xe, unindo o 1.3 Turbo a um elétrico de 136 cv, mas entrega mais potência: 275 cv. No Tonale, o sistema tem tração nas quatro rodas e câmbio automático com conversor de torque e seis velocidades, conjunto que o empurra de zero a 100 km/h em 6,2 segundos. Usando eletricidade, a autonomia combinada é de cerca de 60 km, chegando a 80 km em ciclo urbano, de acordo com dados da própria Alfa Romeo.
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