Oliver Zipse, CEO da BMW
Os motores a combustão interna (ICE, na sigla em inglês) ganharam mais um “defensor”: Oliver Zipse, CEO da BMW. Em entrevista à publicação alemã Automobilwoche, o executivo disse que o mundo não está preparado para um abandono completo destes propulsores, indicando ainda que não há um impacto positivo em descontinuá-los. Não por acaso, outro comandante da empresa revelou, em janeiro, que está em desenvolvimento uma nova família de motores (leia aqui).
Ainda que esteja apostando forte em elétricos, a BMW está bastante disposta a mantê-los como um complemento à gama. “O maior segmento de mercado, de longe, é o de motor a combustão, seja na Alemanha, na Europa ou no mundo. Antes de você simplesmente abandonar isso em oito ou dez anos, é preciso saber o que será feito. Já havíamos alertado contra fazer isso [proibir os motores a combustão] muito cedo e não deixar a transformação se desenvolver em conjunto com os mercados”, disse Zipse. Para ele, o banimento é muito simplista. “Não acredito que vamos ajudar o clima ou qualquer outra coisa [agindo dessa forma]”, adicionou.
O comandante da BMW não é o primeiro a alertar sobre o fim dos motores a combustão. Recentemente, o CEO da VW, Herbert Diess, fez a mesma ponderação (leia aqui). Ambos se juntam a duas vozes mais fortes neste sentido: os executivos principais de Stellantis, Carlos Tavares (leia aqui), e Toyota, Akio Toyoda (leia aqui).
[ Fonte: Automobilwoche ]