Elétricos como o Q4 E-tron (acima) serão o foco da Audi
Apesar das irmãs Porsche (leia aqui) e Bentley (leia aqui) apostarem nos combustíveis sintéticos, a Audi não parece muito impressionada com a possibilidade. Ao menos é o que dá a entender o chefe de desenvolvimento técnico da Audi, Oliver Hoffmann. Segundo o executivo, os e-fuels são apenas uma parte do processo de eletrificação dos automóveis e não terão grande espaço no mercado.
Pelas palavras de Hoffmann, a marca das quatro argolas não tem grande expectativa com relação à oferta da novidade. “Os combustíveis sintéticos são apenas uma tecnologia de transição para nós [Audi]. Embora o uso desses combustíveis alternativos possa ser ideal para outras indústrias, o futuro da indústria automotiva serão os veículos elétricos a bateria”, pontua. Ao que tudo indica, a Audi vai continuar injetando recursos em propulsores a eletricidade, deixando de lado os motores a combustão, ainda que os e-fuels venham a ser viáveis.
Com os dizeres de Hoffmann, a Audi se alinha ao discurso da Volkswagen. A montadora do “carro do povo” também tornou público, pelas palavras do CEO Ralf Bandstatter, que não espera muito dos e-fuels.”Combustíveis sintéticos não são adequados para uma marca de alto volume como a Volkswagen. eles estão disponíveis em quantidades limitadas e são caros. Eles não seriam rentáveis”, disse anteriormente.
Vale lembrar que a Porsche aposta forte na viabilização do combustível sintético como sobrevida para os motores a combustão interna. Ao captar carbono da atmosfera, o novo produto seria “isento” de emissões, considerando-se sua cadeia produtiva. Atualmente, ele ainda é considerado caro, mas a empresa confia que conseguirá reduzir os custos. Para tanto, conduz um projeto piloto no Chile (leia aqui) a fim de tornar os e-fuels viáveis e rentáveis.