As restrições econômicas impostas à Rússia após os ataques contra a Ucrânia têm impactado em todo o mundo (leia aqui), mas chegam agora, com mais força, nos consumidores da antiga União Soviética. Sem vários componentes importados, as fábricas locais tentam manter o ritmo, entrando veículos “incompletos”. É o caso da tradicional Lada, que segue operando e distribuindo seus carros sem alguns equipamentos.
Apesar da paralisação feita pela Renault (leia aqui), a AvtoVaz, dona da Lada, segue produzindo como pode, para atender às ordens do governo russo. O objetivo é claro: não deixar o mercado interno desabastecido. Para manter a atividade, contudo, a empresa reduziu a jornada semanal para quatro dias. E, como define o jornal croata Index, a solução foi produzir carros como era feito há 20 anos.
Líder de vendas na Rússia, o Granta é um dos que mais sofre com a falta de peças. O modelo está saindo de fábrica sem o sistema antitravamento de freios (ABS), o controle de estabilidade (ESP) e até os airbags frontais. Por falta de chips, o serviço de chamadas de emergência, baseado no sistema de posicionamento russo Era-Glonass, também deixa de ser disponibilizado. Além disso, diversos componentes dos motores serão removidos, o que fará com que as emissões do Granta sejam similares às do plano Euro 2, que entrou em vigor em 1996 e foi substituído em janeiro de 2000.
Para o futuro, a Lada trabalha com a nacionalização de todos os componentes necessários para montar seus veículos, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros.
[ Fonte: Index ]