A BMW oficializou as linhas da reestilização de meia vida do Série 3, quase quatro anos depois de sua apresentação (leia aqui). A reforma é surpreendentemente contida, mantendo boa parte dos elementos no exterior, mas o habitáculo muda de forma considerável e há maior oferta de equipamentos. Por outro lado, a mecânica não traz mudanças. A novidade estreia lá fora imediatamente, enquanto a variação montada em Araquari (SC) se atualiza no segundo semestre.
Para alívio dos mais tradicionalistas, o Série 3 mudou muito pouco por fora. Os faróis trocaram apenas o formato das bordas interna e inferior, como apontamos que seria após a apresentação do i3 (leia aqui), e foram redesenhados o para-choque, a tomada de ar e a grelha, com a grade trocando ligeiramente a moldura. As laterais exibem rodas revistas, enquanto a traseira trocou somente o para-choque. A gama de cores foi reformulada, recebendo um novo tom de azul e três de cinza, a mais em voga no mercado atual.
Internamente, a BMW segue apostando na superfície unificada para as telas de quadro de instrumentos e central multimídia, como visto no elétrico iX (leia aqui), solução criada e já “abandonada” pela rival Mercedes, que adota novo padrão em produtos mais recentes. No Série 3, o visor de velocímetro e conta-giros tem 12,3 polegadas, enquanto o destinado ao sistema de entretenimento possui 14,9″. A marca ainda removeu vários botões, concentrando seus comandos em superfícies sensíveis ao toque e na central. O console foi ligeiramente modificado, substituindo a tradicional alavanca de câmbio por botões seletores.
No que diz respeito aos equipamentos, o Série 3 passa a contar com ar condicionado de três zonas pela primeira vez. Na perua, indisponível no Brasil, o equipamento é item de série. Na Europa, há mercados em que a oferta de itens é menor, por isso chama atenção o fato de só agora o sedã ter, por exemplo, sensores de obstáculos dianteiros como de série. Já com relação aos auxílios, saem de fábrica o aviso de mudança de faixa e o alerta de colisão iminente, além do controlador de velocidade “tradicional”.
Por fim, a mecânica não tem alterações. A diesel, há os 2.0 de 150 cv (318d), 2.0 de 190 cv (190 cv), 3.0 de 286 cv (330d) e 3.0 de 340 cv (M40d), todos dotados de sistema híbrido leve (MHEV) e rede de 48 volts. A gama a gasolina é formada pelos 2.0 de 156 cv (318i), 2.0 de 184 cv (320i), 2.0 de 245 cv (330i) e 3.0 de 374 cv (M340i), apenas este último com o MHEV. Por fim, há dois híbridos recarregáveis (PHEV): o de 204 cv (320e) e o de 292 cv (330e).
Além de ser feito no Brasil, o Série também é fabricado em em Munique (Alemanha), San Luis Potosí (México) e Shenyang (China).