A Great Wall já havia anunciado que estrearia no Brasil com o Haval H6 (leia aqui), dotado de sistema híbrido. Agora, a marca detalha as variações do SUV que serão oferecidas no País a partir do fim de 2022. Ela garante ainda que todos os modelos aqui vendidos terão alguma forma de eletrificação, incluindo os que serão produzidos em Iracemápolis (SP) futuramente (leia aqui). Em 2025, os elétricos puros devem estrear com a divisão Ora.
O Haval H6 será disponibilizado com três opções de motorização. A de entrada é a HEV, que traz um sistema convencional, unindo o 1.5 Turbo a gasolina – a expectativa é que ele seja bicombustível em breve – a um propulsor elétrico, entregando até 393 cv e 58,1 kgfm às rodas dianteiras. A aceleração de zero a 100 km/h pode ser realizada em até 6,5 segundos.
Acima, há dois híbridos plug-in (PHEV). O primeiro tem as mesmas características do HEV, mas permite recargas por agente externo via cabo, prometendo autonomia de até 200 km somente com eletricidade. Já o PHEV4 tem um segundo motor elétrico para mover o eixo posterior, garantindo a tração integral. A potência sobe para até 483 cv, o torque avança a 77,7 kgfm e a aceleração baixa para 4,8 s. A autonomia, contudo, cai para até 180 km.
O sistema PHEV da Great Wall, porém, é anunciado como o “mais eficiente do mundo”. A partida é feita somente com o motor elétrico, que move o carro até os 35 km/h no HEV e os 140 km/h no PHEV. Se a bateria estiver com pouco carga, o modo Serial é operado, usando o 1.5T como gerador em velocidades de até 60 km/h. Dali até os 70 km/h, entra o Paralelo Low, que faz o propulsor a gasolina impulsionar também as rodas. O Paralelo High atua em seguida, para dar agilidade ao SUV. Por fim, há o Full Power, que extrai o máximo dos dois motores. É possível ainda usar a opção One Pedal, similar ao dos Nissan, que freia o veículo automaticamente quando se tira o pé do acelerador, para recuperar a energia cinética.
AÇÃO COMERCIAL
A Great Wall pretende explorar seu sistema híbrido como diferencial, por garantir maior economia em baixa velocidade sem perder tanto em autonomia e desempenho, ao explorar o 1.5T em alta. Além disso, a empresa pretende negociar os veículos, inicialmente, com sistema de assinatura, a fim de incentivar a compra por quem não conhece a marca.
A expectativa é que a operação seja iniciada até o fim de 2022, com cerca de 130 lojas. Até 2025, a atuação se dará com híbridos, para criar a reputação no mercado. A partir daí, além da divisão de elétricos Ora, outras submarcas podem ser oferecidas por aqui, mas toda a ação ainda será definida a depender do andamento das vendas nos próximos anos.