Após muita discussão (leia aqui), a União Europeia decidiu por banir a comercialização de veículos movidos por motores a combustão interna, alimentados por gasolina ou diesel, a partir de 2035. Os estados-membros do bloco econômico mantiveram o cronograma previsto originalmente, apesar de países como Alemanha e Itália terem pressionado por um atraso no prazo. Ainda assim, a medida indica o objetivo de reduzir em 100% as emissões de dióxido de carbono (CO2), abrindo brecha para a viabilização dos combustíveis sintéticos.
Em reunião, os ministros de meio ambiente das 27 nações que foram a UE concordaram com uma série de medidas. Entre elas, está a que permite o uso de combustível “neutro de carbono”, entre eles hidrogênio e o sintético, ainda em estudo e que é a aposta da Porsche (leia aqui) para o futuro. Este ponto é importante para os dois países citado acima: a Alemanha, por suas várias montadoras; a Itália, devido ao impacto direto em Ferrari e Lamborghini.
Após este primeiro entendimento, os membros do bloco econômico seguirão discutindo, no Parlamento Europeu, os detalhes da nova legislação. Um dos pontos será justamente o combustível sintético, que promete ser neutro de carbono por seu processo de produção. Outro, tratará dos veículos já em circulação.
Apesar de ainda haver muito a se discutir, o principal está definido: o fim das vendas de carros com os motores a combustão atuais. Isso significa que as montadoras que atuam na Europa têm no máximo 13 anos para tornarem toda sua gama puramente elétrica. Até lá, novas normas de emissões entrarão em vigor, restringindo ainda mais o nível de CO2 emitido. Até o final da década, os poluentes deverão ser reduzidos em até 55% para automóveis, com relação ao permitido atualmente.
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