Uma saia justa raramente vista na Fórmula 1 foi protagonizada por Alpine e Oscar Piastri nesta terça-feira (2). A equipe francesa anunciou seu atual reserva como futuro titular a partir de 2023, para o lugar de Fernando Alonso, que fechou com a Aston Martin (leia aqui). No entanto, o australiano publicou, em suas redes sociais, que não teve qualquer tipo de acordo com a escuderia, afirmando categoricamente: “Não vou correr pela Alpine no ano que vem.”
A escolha da Alpine por Piastri era o “caminho natural”. Campeão da F3 em 2020 e da F2 em 2021, o australiano é uma das grandes promessas de sua geração. Ele já é reserva no time francês e a “promoção” era previsível, faltando apenas uma vaga. Com a saída de Alonso, que inclusive pegou o chefe do time Otmar Szafnauer de surpresa, ficou ainda mais previsível o acerto com Piastri.
A maior surpresa ficou com a negativa do piloto. “Eu entendo que, sem minha concordância, a Alpine publicou um comunicado no fim desta tarde [dizendo] que eu vou guiar para eles no ano que vem. Isso é errado e eu não assinei um contrato com a Alpine para 2023. Eu não vou correr pela Alpine no ano que vem”, publicou Piastri. O tom pouco amigável pode fazer com que as partes não cheguem a um consenso de fato, embora oficialmente a escuderia ainda não tenha se pronunciado sobre a posição do piloto.
O QUE ACONTECE AGORA?
Ainda é cedo para cravar o futuro de Alpine e Piastri. É possível que a escuderia se garanta com uma cláusula de renovação automática no contrato, embora o piloto deva estar ciente da existência ou não de um elemento como este em seu acordo com a equipe. De todo modo, o clima já fica bastante estremecido, especialmente porque o australiano segue como reserva no time. Seu nome chegou a ser ventilado na McLaren recentemente, embora os ingleses pareçam estar com excesso de nomes e falta de carros.