A promessa da Stellantis de dar autonomia à Dodge em sua nova estratégia de marcas pode não ter sido cumprida de maneira convincente junto aos fãs. A marca anuncia agora a expansão de sua gama, com o lançamento do SUV Hornet, que traz de volta o batismo de um conceito de 2006 para identificar um modelo de produção. Seu “problema” é a falta de identificação com a empresa, haja vista que se trata de uma leitura própria sobre o Alfa Romeo Tonale (leia aqui). A novidade chega às ruas dos Estados Unidos em dezembro, com motorização turbinada e opção híbrida.
Esteticamente, o Hornet é de fato um Tonale da Dodge. A dianteira tem faróis similares, com nova disposição interna, mas ao menos exibe grade e para-choque próprios. As laterais são idênticas, alterando-se somente as rodas, enquanto a traseira conta com praticamente as mesmas linhas. O diferencial fica para as lanternas, com redistribuição de elementos revista e que traz o logotipo da Dodge, duas linhas diagonais, iluminado em LED. Por fim, o interior repete painel e outros elementos, trocando apenas os difusores de ar laterais e o console em relação ao Alfa Romeo.
Na parte mecânica, o Hornet também tem opções similares às do Tonale, mas dispõe de mais energia. Nos EUA, o Dodge oferece, na versão GT, o 2.0 Turbo de 272 cv (+13 cv) e 40,8 kgfm, sempre com câmbio automático de nove marchas e tração integral. O SUV vai de zero a 96 km/h em 6,5 segundos, de acordo com a marca.
Já a variação R/T tem sistema híbrido, formado por um 1.3 Turbo a gasolina e dois propulsores elétricos, modulado por um câmbio automático de seis velocidades. Ao todo, são disponibilizados 292 cv e 52,9 kgfm, mas a potência pode chegar a 317 cv com um “overboost” de 15 cv. Esta versão tem ainda itens extras, como freios Brembo, saída de escape dupla e aletas de trocas de marcha metálicas.
Em opção, há o pacote GLH (sigla para “Goes Like Hell” – algo como “corre como o di4bo”). Ele inclui suspensão rebaixada, rodas de 20 polegadas exclusivas, detalhes externos específicos, nova saída de escape, entre outros elementos diferenciados.
COADJUVANTE DE NOVO?
Com a promessa feita pela Stellantis, fãs da Dodge apostavam em produtos de caráter exclusivo, o que não é o caso do Hornet, por exemplo. O SUV tem poucas diferenças em relação ao Tonale, receita que remete a veículos que já eram criticados pelos entusiastas justamente pela grande similaridade com modelos de outras companhias. É o caso do sedã Dart (leia aqui), derivado do Fiat Viaggio (leia aqui), um dos grandes exemplos de cartadas ruins da empresa.
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