Além de publicar o novo regulamento técnico da Fórmula 1, que entra em vigência em 2026 (leia aqui), o Conselho de Esportes a Motor da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aprovou mudanças para “aprimorar a segurança” já na temporada 2022. As alterações visam a reduzir os efeitos do “porpoising” – a “sacudida” que o monoposto dá com a união entre o efeito solo e a perda pressão aerodinâmica – e também reduzir os riscos em casos de capotamento, como no impressionante acidente de Zhou Guanyu na Inglaterra. As regras são válidas já para o GP da Bélgica, a primeira etapa após as férias de verão da F1, que acontece no fim de semana entre 26 e 28 de agosto, mas as maiores mudanças virão em 2023.
Já para a etapa belga, a FIA determinou mudanças para redefinir “os requisitos de rigidez” da prancha e das superfícies do assoalho, especialmente junto aos furos de medição de espessura dos carros. A modificação vai ao encontro do que já se havia orientado às escuderias antes das férias de verão. Mas há mudanças maiores para 2023.
A partir do ano que vem, os carros terão as bordas dos assoalhos elevadas em 15 milímetros e a “garganta” do difusor traseiro será também levantada. A rigidez da borda do difusor também terá de ser ampliada e um sensor adicional será instalado para monitorar mais efetivamente a ocorrência do porpoising.
Para 2023, o Conselho também aprovou mudanças para melhorar o padrão de segurança dos santantônios, que farão parte do regulamento técnico. No topo, a ponta da peça terá de ser arredondada, para reduzir a chance de ele “cavar” o solo em capotagem, principalmente sobre brita. Também será feita uma alteração para garantir que haja uma altura mínima no ponto de aplicação do teste de homologação. Este ensaio contará com uma nova avaliação física, em que será feita carga sobre a peça em direção à frente, algo incomum, mas possível em uma colisão na F1. Por fim, novos testes serão realizados, que terão por base cálculos a serem definidos. A FIA promete uma “mudança significativa” no padrão de segurança para 2024, em padrão ainda a ser discutido.
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