Como têm feito outros países pelo mundo, a Argentina anunciou uma “data limite” para a comercialização de veículos com motor a combustão interna. O “Plano Nacional do Transporte Sustentável”, lançado por lá nesta semana, estipula que apenas carros elétricos possam ser comercializados por lá a partir de 2050. Antes deste prazo, o governo apontou algumas metas a serem cumpridas para “reduzir o impacto ambiental”.
Para impor tais metas, o governo argentino se compromete a investir no desenvolvimento de infraestruturas que facilitem a recarga para veículos, o que inclui um plano específico para modelos de carga. Há promessa também de se apoiar fortemente a mobilidade elétrica. Antes disso, o projeto prevê a adaptação da frota nacional ao uso de gás natural (GNV).
No comunicado emitido pelo governo, fala-se em uma “etapa inicial” de implantação, sem se apontar prazos. O texto indica que 10% dos veículos novos registrados na Argentina devam ter propulsão “ecológica”, sendo ela a gás natural (9% do total) ou eletricidade (1%). Tal mudança representaria uma redução de consumo anual de 41 milhões de litros de gasolina e 96 milhões de litros de diesel. Caso a medida seja implantada já em 2023, o governo estima uma economia de cerca de US$ 200 milhões por não precisar importar o mesmo volume de diesel.
Para 2030, a meta é que 15 mil ônibus e 150 mil caminhões da frota circulante sejam movidos por gás natural. Nas contas da Argentina, combinados eles economizariam 4,4 bilhões de litros por ano, em relação ao que se consome hoje. Além disso, 15% de todos os veículos em rodagem deverão consumir GNV, enquanto 50% serão elétricos. Para 2050, toda a frota deverá ser movida a eletricidade.