Ele não tem a tradição do compatriota Porsche 911, mas certamente povoou os sonhos de muitos entusiastas ao longo de seu (breve) período de existência. Falamos no passado, porque o Audi R8 está se despedindo de vez do mercado, agora com a última versão GT, limitada a 333 exemplares. Ela tem motor V10 e tração traseira e sutis mudanças estéticas para marcar o “adeus” ao superesportivo das quatro argolas, que sai da vida para entrar para a história.
Sua história, aliás, começou em 2006, quando a primeira geração chegou ao mundo, com motor V8 e tração nas quatro rodas. O V10 chegou somente em 2009, enquanto a tração traseira foi lançada apenas em 2017, com uma série especial (leia aqui). Curiosamente, é este último conjunto que marca o fim do esportivo, na também limitada edição GT.
O propulsor é conhecido 5.2 de dez cilindros, aqui capaz de entregar até 620 cv e 59,1 kgfm (612 hp e 580 Nm). Para reduzir o peso, a Audi optou pela tração traseira, mantendo o câmbio de dupla embreagem S-Tronic, com sete velocidades. O peso em ordem de marcha fica em 1.570 kg, graças também ao uso de freios de cerâmica, rodas forjadas – de 20 polegadas – e fibra de carbono na estrutura dos bancos concha e em itens como a barra estabilizadora da suspensão dianteira. A marca afirma que, com este conjunto, o R8 vai de zero a 100 km/h em 3,4 segundos e a 200 km/h em 10,1 s, alcançando 320 km/h.
Para marcar a série final, a Audi criou um pacote estético específico, com canards dianteiros, uma generosa asa traseira, difusor posterior e splitter frontal, todos em fibra de carbono. Os emblemas foram pintados em preto, assim como retrovisores, tomadas de ar laterais e alguns outros elementos da carroceria. Por dentro, o acabamento mescla tons escuros e vermelho, remetendo ao GT “original”, de 2010. Junto à alavanca de câmbio, uma placa de fibra de carbono exibe o número de cada uma das 333 unidades finais do R8.
As vendas na Alemanha começam no início de 2023, a preços na casa de € 225 mil (cerca de R$ 1,15 milhão).