Quarto modelo da Mercedes “nascido e criado” como elétrico da gama moderna, o EQE SUV foi enfim oficializado, após quase dois meses de mistério (leia aqui). Na linha da marca, ele atua abaixo do EQS SUV (leia aqui), sendo uma variação familiar do sedã EQE (leia aqui). Ele terá cinco variações de propulsão, atendendo a uma ampla faixa de mercado – embora os preços não tenham sido revelados ainda.
Visualmente, o EQE SUV é o que se espera das marcas alemães atuais: ele tem um pouco do sedã EQE e um muito do EQS SUV, colocando-se quase como sua “versão menor”. Estão lá os faróis “amendoados”, a falsa grade em preto brilhante com acabamento pontilhado, os grandes vigias entre as colunas C e D e as lanternas atravessando a tampa do porta-malas para formar uma peça única. Por dentro, seu visual está mais alinhado ao do EQE, embora a gama elétrica da Mercedes seja bem parecida também no habitáculo, especialmente nas versões equipadas com a Hyperscreen, a tela que cobre quase todo o painel.
Construído sobre a plataforma MEA, dedicada a elétricos, o EQE SUV mede 4,863 metros de comprimento, 1,940 m de largura e 1,686 m de altura, com 3,03 m de entre-eixos. Portanto, é mais curto e estreito que o EQE, mas mais alto. Seu porta-malas comporta 520 litros, mais que o sedã (430 l), mas menos que o GLE (630 l), seu similar a combustão dentro da gama Mercedes.
Ao todo, o EQE SUV terá cinco opções de motorização, mas nem todas estarão disponíveis em todos os mercados. A versão 350+ tem um único propulsor, na traseira, que entrega 292 cv (215 kW) e 57,6 kgfm, com autonomia entre 480 e 590 km por carga garantida pela bateria de 107,8 kWh. A 350 4Matic adiciona um motor no eixo dianteiro, mantém os 292 cv, mas eleva o torque a 78 kgfm e entrega a energia às quatro rodas. A autonomia vai de 459 a 558 km. Por fim, há a 500 4Matic com tração integral, 408 cv, 87,5 kgfm percurso entre 460 e 547 km.
As versões AMG têm um pacote estético próprio, como de praxe, o que inclui a grade “simulada” com barras verticais, estilo a Panamericana dos modelos a combustão. Aqui, o EQE SUV tem duas opções, sempre com tração integral. A 43 tem 476 cv e 87,5 gfkm, acelerando de zero a 100 km/h em 4,3 segundos. A máxima é limitada a 210 km/h, para ajudar a manter a bateria carregada. A autonomia média fica entre 431 e 488 km.
Já a 53 traz elementos específicos para refrigeração, como trocador de calor do câmbio, além de motores próprios – o 43 usa os “mesmos” do 500, mas mais potentes. Ele conta com 625 cv e 96,9 kgfm, alcançando 220 km/h – a aceleração não foi divulgada. Com o pacote AMG Dynamic Plus, a força sobe para 687 cv e 102 kgfm, elevando a máxima a 240 km/h. Neste caso, o EQE SUV vai de zero a 100 km/h em 3,5 segundos. A autonomia varia entre 375 e 470 km, mas a Mercedes não especifica qual dos 53 alcança cada percurso.
O EQE SUV será produzido pela Mercedes em Tuscaloosa, estado americano de Alabama.