A Nissan anunciou que vai deixar de operar oficialmente na Rússia. Com atividades suspensas desde março, devido à invasão do país presidido por Vladimir Putin ao território da Ucrânia (leia aqui), a empresa havia planejado retomar atividades em setembro, mas acabou estendendo este prazo para o final de 2022. Agora, contudo, ela confirma que não vai mais atuar naquele mercado, já tendo inclusive fechado a venda de sua fábrica e das instalações que formavam a operação local. A concretização do negócio acontece nas próximas semanas.
De acordo com a empresa japonesa, quem assumirá a fábrica de São Petersburgo e o centro de Marketing e Vendas em Moscou é o Instituto Nami, que atua com pesquisa e desenvolvimento de veículos e motores na Rússia. Trata-se, aliás, da mesma entidade que adquiriu as plantas e demais áreas da Renault (leia aqui), aliada da Nissan, e há uma cláusula similar à prevista para os franceses: é possível realizar a recompra em até seis anos. O fim das operações custará aos asiáticos cerca de US$ 686 milhões.
A Nissan iniciou a montagem de veículos na Rússia em 2009, produzindo os SUVs Murano, Qashqai e X-Trail. Em 2018, a empresa bateu seu recorde anual de fabricação, com 56.525 unidades saídas das linhas de montagem de São Petersburgo. Agora, o Instituto Nami poderá usar a estrutura, mas os produtos não tiveram licenciamento, de modo que os russos terão de encontrar projetos próprios para montar.