A fábrica de motores que a Fiat mantinha em Campo Largo (PR) teve sua operação encerrada em definitivo, três anos depois de completar 1,5 milhão de exemplares montados (leia aqui). Segundo o jornal Folha de Campo Largo, a marca confirmou o fechamento da unidade em nota. O futuro da planta já era incerto, desde o fim da oferta do propulsor 1.8 16v na gama brasileira da marca.
Até então, os motores lá feitos equipavam modelos feitos no Mercosul, como Argo, Doblò e Cronos. Além disso, blocos do propulsor 1.8 a gasolina era enviados à Itália, para montagem final em equipamentos usados na Europa. Em seu comunicado, a Fiat indica que ofereceu realocação dos atuais funcionários para outras plantas da empresa, além de auxiliar na transição de colaboradores para fornecedores locais.
Em Campo Largo, a Fiat produzia os motores da linha E.torQ (leia aqui) desde 2009. Lá foram fabricados os propulsores 1.6 16v e 1.8 16v, que aos poucos passaram a equipar vários modelos da gama da empresa, como Strada, Palio Weekend, Linea e Punto, por exemplo. O primeiro saiu de cena em 2018, tendo sido aplicado pela última vez no Grand Siena (leia aqui). Já o 1.8 desapareceu no início de 2022, devido às leis de emissões brasileiras, tendo movido modelos como Argo e Renegade.
A fábrica paranaense foi adquirida pela Fiat em 2008, quando a italiana comprou a Tritec Motors, então pertencente a Chrysler e BMW. A joint-venture rendeu começou a operar em 1999, produzindo motores 1.4 e 1.6 para aplicação em diferentes modelos, como Chrysler PT Cruiser, Dodge Neon e Mini Cooper. No entanto, a operação foi suspensa em 2007, quando a empresa americana já havia desfeito a sociedade com a Daimler e a BMW encontrava outra linha de propulsores para equipar seus veículos “de entrada”.
[ Fonte: Folha de Campo Largo ]