Como indicavam os rumores, Daniel Ricciardo acertou seu retorno à Red Bull. O australiano volta à equipe que o colocou na Fórmula 1 para ocupar a vaga de terceiro piloto, estando imediatamente apto a substituir Max Verstappen e Sergio Perez, os titulares, caso necessário. Ele estava com futuro incerto desde que a McLaren decidiu antecipar o fim de seu contrato em um ano para acertar com o novato Oscar Piastri (leia aqui).
A volta de Ricciardo à Red Bull não era uma surpresa para quem acompanha os bastidores da F1, mas, de todo modo, chama atenção. Ele deixou a equipe de maneira surpreendente ao final de 2018, em meio às brigas entre sua então escuderia e a Renault, fornecedora de motores, para fechar com o time francês. Na época, acreditava-se que ele não queria ficar à sombra do então promissor Verstappen, desejando ser protagonista.
Ricciardo celebra vitória no GP de Mônaco (2018)
No entanto, a esperada luta por vitórias não veio – ainda que ele tenha ido ao pódio duas vezes nas 17 provas de 2020 – e Ricciardo não hesitou em deixar a Renault para assinar com a McLaren. Na equipe inglesa, mais decepções: mesmo vencendo o GP da Itália, o australiano foi superado pelo companheiro Lando Norris em 2021: foram 115 pontos (8º) contra 160 do inglês (6º). Em 2022, a derrota foi ainda maior: 122 (7º) a 37 (11º), o que serviu de “incentivo” para que McLaren buscasse outro piloto.
Aos 33 anos, Ricciardo retorna à Red Bull para ser piloto reserva e de testes, realizando também trabalhos com simulador e participando de eventos e atividades comerciais da equipe austríaca. Além de mantê-lo “empregado”, a ocupação ajuda a manter o ritmo de F1 e estar no circo. Na categoria, o australiano soma 232 corridas, com oito vitórias, três poles e 16 voltas mais rápidas. Ele estreou em 2011, como piloto de testes da antiga Toro Rosso (atual AlphaTauri), mas foi alçado à extinta Hispania Racing/HRT no meio da temporada, substituindo o indiano Narain Karthikeyan. Ricciardo voltou à Toro Rosso em 2012 e foi promovido à Red Bull em 2014, onde permaneceu até o fim de 2018.