A última rodada de testes (leia aqui) não foi a última do Latin NCAP em 2022. Entre três modelos avaliados nesta nova série, a instituição publicou os resultados de simulações de colisão e outros ensaios relativos ao JAC e-JS1, vendido no Brasil. O primeiro elétrico analisado pelo órgão foi constatado como um veículo inseguro, obtendo zero estrelas na nota final e pontuações decepcionantes nos quesitos individuais.
De acordo com o Latin NCAP, o e-JS1 (também vendido como E-S1 ou E10x, a depender do mercado) foi avaliado na versão mais simples oferecida na região, equipada apenas com airbag duplo frontal e sem dispor de controle de estabilidade – item que a JAC indica ser de série no Brasil. Por isso – e por ter aviso de cinto desatado -, alcançou apenas 7% da pontuação de itens de segurança.
Porém, as simulações de colisão apontaram falhas mais graves. Na proteção para adultos, o elétrico obteve 0% da pontuação, com proteção considerada “pobre” para tórax e pés do motorista, com “alta probabilidade de ferimentos com risco de vida”. A estrutura do e-JS1 também foi considerada instável, inclusive no assoalho. Na simulação de batida traseira, quando se cria o risco do efeito chicote (“whiplash”) no pescoço, constatou-se também proteção “pobre”, com risco severo de lesão cervical. Na segurança infantil, o hatch obteve 6% da pontuação possível, por ter ancoragens Isofix no banco de trás, enquanto a de pedestres somou 20%, pelo menor risco às pernas na parte baixa do carro.
Por ser elétrico, o e-JS1 tem outros aspectos avaliados, além dos tradicionais testes realizados pelo Latin NCAP. Entre eles, está o corte de emergência de eletricidade, para evitar choques, após uma batida. Na avaliação de impacto frontal, este sistema não funcionou, acarretando em sérios riscos. Já no ensaio de colisão lateral, o equipamento indicou que o corte aconteceu, porém o veículo continuou em movimento, indicando que a bateria seguia energizando o motor normalmente.