O mercado de hipercarros, veículos com desempenho e preços estratosféricos, tornou-se uma grande oportunidade para marcas menores, o que inclui os estúdios de design e antigas carrozzeria, que se encarregavam de criar e construir carrocerias sobre os chassis desenvolvidos pelas empresas de automóveis. A última a se aproveitar da tendência é a Bertone, tradicional casa italiana que atuava como parceira das montadoras nos primórdios do mercado automotivo contemporâneo. A empresa volta à cena agora com uma criação própria, chamada GB110, que terá apenas 33 exemplares produzidos.
De momento, o que se tem são projeções do esportivo, cujas proporções lembram o Lamborghini Huracan – o entre-eixos do GB110 mede 2,63 metros, 1 cm a menos que o do cupê italiano. Seu design, diz a Bertone, é inspirado em criações antigas do estúdio, como o Alfa Romeo Carabo de 1968 e o Lancia Stratos Zero de 1978, ambos conceitos marcados pela dianteira em cunha em uma interpretação mais extremista.
Apesar de estar cercado de mistério, a Bertone confirma que seu motor entrega 1.100 cv e 112,2 kgfm e pode girar a até 8.400 rpm, queimando também combustíveis sintéticos. Ele atua junto de um câmbio de sete marchas, entregando a força às quatro rodas. O estúdio aponta ainda que o esportivo vai de zero a 100 km/h em 2,8 segundos, a 200 km/h em 6,8 s e a 300 km/h em 14 s. A máxima é de “mais de” 380 km/h.
Segundo a Bertone, o GB110 é “baseado em componetes de uma montadora alemã”, mas “tem coração italiano”. Sua suspensão é de duplo A nos dois eixos, com amortecimento ajustável. As rodas têm 21 polegadas na frente e 22″ atrás. Aparentemente, os freios são Brembo.
O GB110 foi criado para celebrar o renascimento da Bertone, após flertes constantes com a falência, e seus 110 anos de fundação.