Onde há fumaça, há fogo. Confirmando os fortes rumores das últimas semanas (leia aqui e aqui), a Ford anunciou seu retorno à Fórmula 1. A gigante americana firmou uma parceria técnica com ninguém menos que a Red Bull, atual bicampeã do Mundial de Pilotos e campeã do Mundial de Construtores e que hoje se move com unidades de potência originalmente criadas pela Honda. O acordo renderá frutos nas pistas a partir de 2026, quando entra em vigor um novo regulamento de propulsores.
Em seu comunicado, a Ford anuncia uma “parceria técnica estratégica de longo prazo” com a Red Bull Powertrains, a divisão criada pela Red Bull para desenvolver e fabricar seus motores após a decisão da Honda de deixar a F1. Curiosamente, os japoneses estão entre os postulantes a voltar à categoria também em 2026, mas agora se sabe que a aliança com o time austríaco não será retomada. Outro fato interessante é que a gigante nipônica voltará a batizar os propulsores em 2023 (leia aqui).
Em relação à parceria, Ford e Red Bull utilizarão a área dedicada aos motores para desenvolver a nova geração de unidades de potência, que será adotada em 2026. O acordo ficará em vigor ao menos até 2030. O próximo propulsor será baseado no atual 1.6 V6 híbrido, mas com maior potencia elétrica e uso de combustíveis 100% sustentáveis (leia aqui). Foi este último fator, inclusive, que atraiu a Honda novamente à F1.
A Ford esteve envolvida na Fórmula 1 por várias décadas, participando de 10 títulos de construtores e 13 de pilotos, começando com Graham Hill e a Lotus em 1968 e encerrando com Michael Schumacher e a Benetton de 1994. Sua última incursão aconteceu entre 2000 e 2004, com a equipe própria da Jaguar, sua então controlada, após aquisição da estrutura da escuderia Stewart. Nos últimos anos, a Ford tem sido aliada da Red Bull no Mundial de Rali (WRC).