O mercado automotivo russo segue sofrendo com os embargos impostos por países contrários à invasão da Ucrânia. Além da fala de insumos, as incertezas dos consumidores e a queda na média salarial também pesaram negativamente, refletindo-se nos emplacamentos da antiga União Soviética. Por lá, foram licenciados 32.499 veículos em janeiro, 63,1% abaixo dos 91.662 negociados no primeiro mês do ano passado. Ao longo de 2022, a Rússia já havia aferido queda acentuada de 58,8% (leia aqui).
A tendência é que o mercado russo siga registrando quedas acentuadas ao menos até abril, primeiro “mês cheio” dos embargos por lá. Nos meses seguintes, algumas fábricas se mantiveram abertas, mas praticamente todas as plantas controladas por gigantes do setor tiveram operações suspensas ou encerradas. Prova disso é a retração ainda mais acentuada no volume de produção local, que caiu 67% frente a 2021, encerrando 2022 com cerca de 450 mil unidades montadas. O volume foi o menor desde o colapso da URSS, em 1991.
Para conter a queda na oferta, a Rússia conta com o apoio da China, que passou a fornecer veículos ao mercado local. E isso se reflete na participação de marcas daquele país, que passou de 9,6% em janeiro de 2022 para 31,3% em dezembro passado.
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