Na quarta parte do especial FÓRMULA 1 2023, o ALL THE CARS faz uma análise sobre a posição e potencial de cada uma das 10 equipes que disputarão a temporada. Para tanto, levamos em consideração não apenas os testes de pré-temporada, bem como a situação do time antes do início do campeonato e, claro, seu potencial para corrigir eventuais erros de percurso. Confira abaixo nossas apostas, após conhecer os GPs (leia aqui), os pilotos (leia aqui) e estatísticas das escuderias (leia aqui).
Equipe: Oracle Red Bull Racing
Franca favorita ao título, a Red Bull vem de um 2022 dominante e se mostrou ainda melhor nos testes de pré-temporada. A alta quilometragem mostrou que a confiabilidade melhorou significativamente, mas não é possível ainda aferir com precisão como está o desempenho. Fato é que Helmut Marko, consultor da escuderia, disse que os dois pilotos elogiaram bastante o RB19, carro de 2023. Atual bicampeão, Max Verstappen disse ainda que o monoposto está melhor “em todos os sentidos” que seu antecessor. Fortíssima candidata ao título.
Scuderia Ferrari
Depois de início promissor na temporada passada, a Ferrari perdeu corridas para si mesma, em meio a estratégias bastante equivocadas. Em 2023, a escuderia optou por um novo chefe de equipe, o ex-Sauber Frédéric Vasseur, substituindo Mattia Binotto. Na pré-temporada, o time registrou bom rendimento, parecendo ser, por ora, o mais próximo da Red Bull. Contudo, ainda é difícil precisar o quanto os italianos melhoraram neste ano e, mais ainda, o quão perto/longe dos rivais eles estão. Deve vencer com certa frequência e ser a maior adversária da RBR em 2023.
Mercedes-AMG Petronas F1 Team
Depois de oito títulos consecutivos de Construtores, a Mercedes teve de se contentar com um terceiro lugar em 2022, conquistando apenas uma vitória em 22 etapas. A expectativa é que a vida continue um pouco dificultosa para os alemães em 2023. Na pré-temporada, observou-se certa evolução frente ao carro do ano passado, mas as projeções indicam que ainda há um longo caminho a ser traçado até que as vitórias frequentes venham. E é preciso também olhar pelo retrovisor, pois há adversários se aproximando perigosamente. Tende a lutar por pódios e, com alguma sorte, vitórias.
BWT Alpine F1 Team
Após perder Alonso, a Alpine foi buscar o experiente (e “jovem”) Pierre Gasly, formando um time inteiramente francês com Esteban Ocon. A equipe teve um bom 2022, vencendo a McLaren na briga pelo quarto lugar, e tende a evoluir ao longo do campeonato. O chefe da equipe, Otmar Szafnauer, afirma que há espaço para se aproximar do terceiro colocado (leia-se “Mercedes”) caso as coisas se encaixem. Contudo, é preciso também ter atenção em relação às demais escuderias. A expectativa é que eles possam beliscar pódios, fazendo frente não apenas às flechas de prata, mas também à evoluída Aston Martin.
McLaren F1 Team
Após travar um belo duelo com a Alpine pelo quarto lugar em 2022, a McLaren almejava avançar neste ano. Para tanto, tirou Oscar Piastri da própria rival francesa, substituindo Daniel Ricciardo, que fez mera figuração em dois anos pelo time inglês. O que se viu na pré-temporada, porém, é preocupante. O CEO Zak Brown admitiu que algumas áreas do carro estão “aquém” do desenvolvimento esperado e o que se nota é uma certa incerteza sobre o desempenho neste ano. Há certa dificuldade em sanar problemas aerodinâmicos do carro, o MCL60, e também de confiabilidade: o time foi o que menos rodou nos testes, completando 312 voltas. Deve frequentar a zona de pontuação, mas precisará de uma boa evolução para sonhar com pódios.
Alfa Romeo F1 Team Stake
Em sua última temporada na Fórmula 1 – voltará a ser Sauber -, a Alfa Romeo parece ter evoluído em relação ao ano anterior. Ter terminado no sexto lugar já foi um bom resultado, mas há esperança de que subir um degrau em 2023 é possível (ainda que a concorrência esteja ainda mais competente). O time foi apenas o sexto em número de voltas (402), mas teve desempenho razoável, com Zhou Guanyu liderando a segunda sessão. A chegada do novo chefe Alessandro Bravi também pode servir como injeção de ânimo. Deve aparecer na zona de pontuação com relativa frequência.
Aston Martin Aramco Cognizant F1 Team
A Aston Martin começou a chamar atenção quando expôs seu carro, com linhas que lembram a vencedora Red Bull de 2022. Ao colocá-lo na pista, a equipe britânica mostrou que o visual não era à toa: o AMR23 é mesmo um monoposto competente. Ele não foi o que deu mais voltas, porém o fez com certa maestria, sendo apontado pelo chefe da Red Bull, Christian Horner, como o veículo que mais evoluiu, proporcionalmente falando, em relação ao ano anterior. Nas simulações, o time chegou a superar a Mercedes e se igualar à Ferrari. Além de ter um carro bastante melhorado, a escuderia trouxe o bicampeão Fernando Alonso para o lugar do aposentado Sebastian Vettel. Pode lutar por pódios e, quem sabe, sonhar com vitória.
MoneyGram Haas F1 Team
Após conquistar a pole, em um golpe de sorte, no GP do Brasil, a Haas chega a 2023 com esperanças de um futuro melhor. O time norte-americano foi apenas o oitavo no ano passado, mas há expectativa de uma evolução para a nova temporada. O time foi o quarto com mais voltas (414), reforçando a confiabilidade da máquina. Agora, as apostas recaem sobre a experiência de Kevin Magnussen e Nico Hülkenberg, que chegou para o lugar de Mick Schumacher, a fim de colocá-la em melhores condições de luta no pelotão intermediário. Ainda assim, deve somente frequentar a zona de pontuação em algumas oportunidades.
Scuderia AlphaTauri
A AlphaTauri foi a equipe que mais voltas completou na pré-temporada: 456. O número é um bom indicador de confiabilidade, mas ainda é preciso desempenho para alçar voos mais altos. O japonês Yuki Tsunoda foi mantido para um terceiro ano – que também pode ser seu último, caso não corresponda às expectativas – e tem agora Nyck de Vries ao seu lado, que vai pra sua primeira temporada de F1, mas traz no currículo um título de Fórmula E. Em simulações, o time italiano é apenas o oitavo colocado, o que significa que pontuar será algo não tão frequente.
Williams Racing
A Williams foi uma das equipes que apresentou maior evolução no carro em relação ao utilizado em 2022. Além de um bom número de voltas (439), o time inglês reduziu bastante seus tempos de volta na pré-temporada. O problema é que o monoposto do ano passado era bastante limitado e a melhoria de rendimento pode não ser tão impactante quando se compara com o avanço dos adversários. Para completar, a equipe tradicional terá um estreante, o novato Logan Sargeant, ao lado do já experiente Alexander Albon. Deve ocupar o fim da fila do com frequência.
RESUMO
Com todas essas considerações, nossas apostas ficam assim:
– Red Bull – Candidata ao título (1º a 2º)
– Ferrari – Candidata ao título (1º a 2º)
– Mercedes – Briga por vitórias (3º a 4º)
– Aston Martin – Briga por pódios (3º a 5º)
– Alpine – Zona de Pontuação (4º a 6º)
– Alfa Romeo – Zona de pontuação (5º a 8º)
– McLaren – Zona de pontuação (6º a 8º)
– AlphaTauri – Pontos esporádicos (7º a 10º)
– Haas – Pontos esporádicos (7º a 10º)
– Williams – Fim da fila (9º a 10º)
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