F1 2023: Análise dos Pilotos


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Finalizando o especial FÓRMULA 1 2023, o ALL THE CARS analisa agora as perspectivas em relação a cada um dos 20 pilotos titulares do grid. Aqui, pontuamos em que o passado e o presente de cada concorrente podem contribuir para seu futuro. Analisamos a situação recente e o que se conseguiu extrair na pré-temporada para prever o que pode acontecer. Confira nossos pitacos e dê também os seus! Confira aqui a análise da escuderias (leia aqui) e também os GPs (leia aqui), os pilotos (leia aqui) e as estatísticas das equipes (leia aqui).

1. Max Verstappen (HOL) / Red Bull
Campeão com sobras em 2022, Max Verstappen chega à nova temporada como grande favorito ao título. O holandês tem estilo de pilotagem agressivo, não dá margem para erro dos adversários e se mostrou bem à vontade com o novo carro. Caso repita as atuações do ano anterior, tende a empilhar vitórias em diferentes momentos do campeonato. A expectativa é que triunfe com frequência e esteja lutando pelo troféu até a última prova – isso, claro, se já não tiver garantido o tricampeonato antes.

11. Sergio Pérez (MEX) / Red Bull
Terceiro colocado em 2022, Sergio Perez teve duas vitórias na última temporada, ambas em circuitos urbanos (Mônaco e Singapura). É sabido, porém, que o desempenho não foi melhor devido ao carro não ser tão ajustado ao seu estilo de pilotagem. Após a pré-temporada, o mexicano chega ao novo campeonato com status também de quem lutará pelo troféu: consultor da Red Bull, Helmut Marko disse que os dois pilotos se sentiram à vontade com o RB19, o monoposto da equipe austríaca para 2023.

16. Charles Leclerc (MON) / Ferrari
Vice-campeão na última temporada, Charles Leclerc foi amplamente prejudicado pelos erros de estratégia da Ferrari, como o que o tirou a vitória em Mônaco. Contudo, o monegasco também cometeu erros importantes no campeonato, sofrendo acidentes que o tiraram da disputa com Verstappen. Para 2023, a expectativa é que venha novamente lutar por vitórias. Contudo, dependerá bastante da evolução do SF-23 frente ao monoposto de 2022. E os testes de pré-temporada não deixaram claro se essa esperada melhoria veio.

55. Carlos Sainz Jr. (ESP) / Ferrari
Sainz finalmente conseguiu vencer na Fórmula 1, ao triunfar no GP da Inglaterra, onde também foi pole, beneficiado pelos problemas mecânicos enfrentados por Verstappen. Ficou em quinto no campeonato, , mas muito por culpa do carro: foram seis abandonos, inclusive um com o motor “explodindo” na Áustria. Deve novamente brigar no topo, porém dependendo bastante do rendimento do carro. A expectativa é que lute por vitórias, mas não necessariamente pelo título.

63. George Russell (ING) / Mercedes
Outro que finalmente venceu na F1, George Russell foi o quarto colocado no campeonato, conquistando outro feito: superou o heptacampeão Lewis Hamilton. O britânico foi bastante consistente ao longo da temporada, abandonando apenas a etapa da Inglaterra, quando se envolveu no impressionante acidente de Zhou Guanyu. No início do campeonato, deverá sofrer um pouco até que o carro, W14, encontre o equilíbrio. Contudo, segue apontado entre os potenciais vencedores de corrida, mas ainda distante de uma luta pelo título.

44. Lewis Hamilton (ING) / Mercedes
O heptacampeão não teve muito o que celebrar em 2022: foi seu primeiro ano sem vitória na Fórmula 1. Por outro lado, Lewis Hamilton mostrou estar mais maduro ao “aceitar” ficar atrás do companheiro de time, sendo responsável por testar novidades no problemático W13. Ficou em segundo em cinco das 22 provas, sendo que recebeu o troféu prateado em três das quatro etapas finais. A pré-temporada demonstrou que o britânico terá novamente de se conformar com um carro não-dominante, mas que pode levá-lo de volta ao caminho das vitórias.

31. Esteban Ocon (FRA) / Alpine-Renault
Esteban Ocon fechou 2022 na oitava posição do campeonato, mas não chegou ao pódio. Apesar de um bom redimento da Alpine, a confiabilidade dos carros da frente evitou sonhar com voos mais altos. O francês teve apenas dois abandonos e ficou fora da zona de pontuação em outras quatro oportunidades, sendo um coadjuvante frequente. Aparentemente, foi o que restou também para 2023: o monoposto da Alpine evoluiu, mas deve ficar atrás do trio da ponta e também das Aston Martin, permitindo que ele sonhe apenas com pódios – e poucas vezes realize tais sonhos.

10. Pierre Gasly (FRA) / Alpine-Renault
Contratado para o lugar de Fernando Alonso, Pierre Gasly chega com status de uma das promessas de sua geração que ainda não vingou. A saída da “família Red Bull” tende a ser benéfica para ele, haja vista que dificilmente teria espaço por lá em curto prazo. Conquistou um modesto 14º lugar na temproada passada, muito por conta do desempenho parco de seu AlphaTauri. Afinal, é também considerado um piloto talentoso e competente. Deve frequentar a zona de pontuação e, como Ocon, sonhar com um pódio.

4. Lando Norris (ING) / McLaren-Mercedes
Outro grande talento da Fórmula 1 atual, Lando Norris foi o único piloto fora do trio de ferro (Red Bull, Ferrari e Mercedes) a chegar ao pódio em 2022 – e, ainda assim, em uma única vez -, concluindo o campeonato em sétimo. O britânico de 23 anos já vai para sua quinta temporada na categoria, mas dessa vez provavelmente terá motivos para reclamar. Com o fraco desempenho da McLaren na pré-temporada, coloca-se em dúvida a capacidade do piloto de chegar mais adiante em 2023 sem uma máquina à altura. Com contrato até 2025, ele tende a provar da paciência para um rendimento que pode não ser o esperado. A expectativa é que frequente a zona de pontuação, mas um pódio é pouco provável.

81. Oscar Piastri (AUS) / McLaren-Mercedes
Protagonista de uma das maiores novelas da Fórmula 1 recente, Oscar Piastri chega à McLaren sentindo a pressão do que sua contratação gerou: um grande dissabor com a Alpine, que reclamou de ter investido pesado no jovem e não terá retorno. O australiano chega para substituir o compatriota Daniel Ricciardo e, além de contornar a situação, terá de lidar com um carro que, pelo que se nota, não evoluiu como o esperado em relação a 2022. Além disso, precisará se adaptar à realidade da F1, uma categoria mais exigente e menos paciente. Como Norris, deve chegar à zona de pontuação, mas com menor frequência.

77. Valtteri Bottas (FIN) / Alfa Romeo-Ferrari
Liderando a Alfa Romeo em seu último ano, Valtteri Bottas tentará dar sequência ao bom trabalho que realizou em 2022, quando terminou a temporada em 10º. E o resultado só não foi melhor para ele devido à queda de rendimento do carro na segunda parte do campeonato. Em 2023, as simulações colocam a escuderia italiana como a sexta força, agora no início, o que faz com que o finlandês tenha poucas esperanças de brigar mais acima. Por seu talento, deve frequentar a zona de pontuação em várias oportunidades, mas ainda longe do topo.

24. Guanyu Zhou (CHN) / Alfa Romeo-Ferrari
Após chegar à F1 em 2022, terminando em 18º no campeonato e pontuando em sua estreia, Guanyu Zhou sofreu um pouco para se adaptar à categoria, ficando no Top 10 em apenas mais duas etapas. Em 2023, terá a missão de apresentar melhor rendimento para garantir sua vaga na categoria. Afinal, o chinês de 23 anos foi contratado mais para reforçar a imagem da Alfa Romeo em seu país do que por seu desempenho. Com a saída dos italianos, precisará convencer a Sauber a mantê-lo, o que é um bom “incentivo” para lutar por pontos. A tendência, aliás, é essa.

14. Fernando Alonso (ESP) / Alpine-Renault
Em uma surpreendente saída da Alpine, Fernando Alonso se mudou para a Aston Martin com a promessa de um salário gordo e um carro competitivo. A julgar pela pré-temporada, pode-se dizer que o segundo item também está garantido (o primeiro com certeza já estava). O espanhol demonstrou boa tocada e o carro só teve mais confiabilidade por uma quebra, quando estava com Felipe Drugovich. Caso as perspectivas se confirmem, o bicampeão pode sonhar com pódios e até com a tão aguardada – e impactante – vitória.

18. Lance Stroll (CAN) / Aston Martin-Mercedes
Lance Stroll perdeu a pré-temporada devido a lesões nos pulsos, causadas por um acidente de bicicleta. Desta forma, o canadense não conseguiu extrair o potencial do AMR23. A julgar pelo que fizeram Alonso e Drugovich, pode-se esperar que ele frequente a zona de pontuação regularmente, brigando firme com a Alpine. Resta saber se a maturidade em seu estilo de pilotagem enfim se confirmará com um carro competitivo, para que a tão sonhada vitória enfim seja conquistada.

20. Kevin Magnussen (DIN) / Haas-Ferrari
Em uma combinação inesperada de acontecimentos, Kevin Magnussen anotou sua primeira pole na F1, no GP do Brasil. Ele não conseguiu manter o ritmo da Sprint que se seguiu, mas ao menos trouxe um gostinho doce à Haas. A expectativa do time é poder pontuar com mais frequência em 2023, depois que ele próprio chegou em quinto na prova de estreia no ano passado. Contudo, isso dependerá muito da evolução do carro norte-americano, que decaiu bastante na segunda parte da temporada de 2022. Deve somar pontos vez ou outra.

27. Nico Hülkenberg (ALE) / Haas-Ferrari
Depois de quebrar galhos por Racing Point e Aston Martin, Hülkenberg voltou à F1 pela Haas. Sua última temporada como titular foi a de 2019, ainda pela Renault, onde atuou por três anos. O alemão retorna ao circo com a missão de desenvolver o monoposto e beliscar o máximo de pontos possíveis, a fim de garantir uma vida mais tranquila para os americanos do que a que se tinha até então. O problema é que o carro talvez não esteja ainda apto para que a zona de pontuação seja algo frequente na vida de Hulk.

22. Yuki Tsunoda (JAP) / Alpha Tauri-Honda RBPT
Após estrear com um oitavo lugar em 2022, Yuki Tsunoda parecia caminhar para uma temporada confortável. Contudo, não foi o que aconteceu: com um carro bastante limitado, alguns problemas mecânicos e uns poucos acidentes, o japonês ficou 12 provas sem pontuar, encerrando o ano em 17º. Em 2023, precisará de foco, trabalho e paciência para tentar resultados melhores, em um monoposto que parece continuar bem atrás dos rivais. Com um pouco de sorte, entrará na zona de pontuação esporadicamente. Mas o comportamento e as reações aos resultados serão determinantes para mantê-lo (ou não) no time.

21. Nyck de Vries (HOL) / Alpha Tauri-Honda RBPT
Já com 28 anos de idade, Nyck de Vries finalmente ganha oportunidade de ser titular na Fórmula 1. Reserva em Mercedes e McLaren e piloto de testes da Aston Martin, o campeão da Fórmula E em 2020-21 fez sua estreia pela Williams no GP da Itália em 2022, chegando em nono. De certa forma, as expectativas na F1 são incertas. Talento e qualidade técnica o holandês tem, mas precisará de paciência para a categoria máxima do automobilismo mundial, ainda mais em um monoposto que está entre os menos qualificados do grid. Deve brigar para pontuar.

23. Alexander Albon (TAI) / Williams-Mercedes
Já com uma certa rodagem, Alexander Albon vai apenas para sua segunda temporada completa com o mesmo time. E a missão do tailandês é árdua: liderar a Williams em mais um campeonato de incertezas. Afinal, o time inglês parece ter evoluído consideravelmente no carro de 2023, em relação a 2022, mas ainda existe um hiato entre as equipes intermediárias. Ao menos há otimismo: ele deve anotar mais que os quatro pontos conquistados ao longo do último ano.

2. Logan Sargeant (EUA) / Williams-Mercedes
Primeiro norte-americano a alinhar na F1 desde 2015, Logan Sargeant chega à categoria com um pouco de ceticismo. Apesar de ter sido quarto na F2 em 2022, ele nunca foi campeão nas competições de acesso, tendo como melhor resultado o terceiro posto na F3 de 2020. Nos bastidores, fala-se que a nacionalidade foi determinante para sua contratação. O lado positivo para o novato é a menor pressão com relação à confirmação de resultados, embora um desempenho muito aquém do esperado possa torná-lo alvo de críticas mais ácidas – como aconteceu com seu antecessor, Nicholas Latifi. Com uma combinação de fatores e um pouco de sorte, pode pontuar.

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