Em meio a rumores do fim de sua produção em São José dos Pinhais (PR), o Renault Captur deixa o mercado argentino em definitivo. O SUV deixou de ser exportado da planta brasileira ao país vizinho e não deve voltar, haja vista que aqui seu futuro também é nebuloso. Além das baixas vendas, a marca francesa tenta equilibrar a balança comercial, algo que também já havia motivado a descontinuação do Kwid na terra do tango (leia aqui).
Derivado do Duster, o Captur brasileiro é similar ao Kaptur russo, uma variação alongada do Captur vendido na região ocidental da Europa. Com design elogiado, o modelo recebeu críticas pelo acabamento, especialmente em relação aos concorrentes mais diretos. Na Argentina, inclusive, nunca recebeu o motor 1.3 Turbo, que estreou por aqui em 2021 (leia aqui).
Como resultado, o SUV viu suas vendas caírem recentemente. Em seu primeiro ano cheio por lá, 2017, conquistou 8.155 garagens, subindo para 9.252 em 2018. Daí em diante, a demanda foi caindo: 5.852 em 2019, 3.807 em 2020, 1.613 em 2021 e 1.343 em 2022. Entre janeiro e fevereiro deste ano, foram 104 exemplares negociados. Desde a apresentação aos argentinos, o Captur emplacou 30.467 unidades.
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